O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (29) com baixa de 0,42%, aos 126.953,86 pontos. O dólar comercial caiu 0,57%, a R$ 5,62.
As perspectivas econômicas embalaram as negociações no Ibovespa nesta sessão. O mercado iniciou a semana com certa cautela, pesando as apostas nas futuras decisões dos bancos centrais do Brasil e EUA sobre os juros. As commodities em queda também empurraram o índice para baixo, com Petrobras (PETR4) caindo quase 3%.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, se manteve na direção oposta à divisa internacional e valorizou 0,24%, US$ 104,56.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) e do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Fed (Federal Reserve), irão se reunir e anunciar suas decisões sobre a taxa de juros de seus respectivos países, na qurta-feira (31).
A expectativa, tanto no Brasil quanto nos EUA, é que a taxa básica siga inalterada. Porém, no caso do Fed, espera-se uma possível indicação sobre quando o relaxamento da política monetária norte-americana deve começar.
Quanto ao risco fiscal brasileiro, Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital, explicou que a conteção de R$ 15 bilhões anunciada anteriormente ainda lança dúvidas sobre o mercado, mas a confiança pode melhorar com as indicações de corte de emendas parlamentares pelo governo.
“Além disso, os dados do Boletim Focus não vieram tão positivos, teve aumento na expectativa de IPCA para o final deste ano em 4,10% (antes 4,05%), e aumento para 2025 3,96% (antes 3,90%), aumento também para câmbio de 2025, R$ 5,25 (antes R$ 5,23)”, disse.
“Na contramão da Petrobras, a 3R Petroleum tem alta devido a decisão do Banco Santander de ter a petroleira como principal aquisição do setor. As Lojas Renner firmaram alta devido a recomendação de compra do JPMorgan da ação a curto prazo”, avaliou Mendonça.
No setor de mineração a Usiminas segue colhendo os maus frutos do seu balanço trimestral, que decepcionou os investidores, além de enfrentar uma briga judicial com a CSN.
A 3R Petroleum (RRRP3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 2,80%. Logo atrás, Suzano (SUZB3) e JBS (JBSS3) registraram altas de 1,91% e 1,70%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Magalu (MGLU3) liderou as perdas, caindo 5,80%. Em seguida, vieram Usiminas (USIM5) e Vamos (VAMO3), com perdas de 4,42% e 4,36%.
Altas e Baixas do Ibovespa: Petrobras (PETR4) cai quase 3%
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 2,52% e 2,02%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,67%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,18%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,09%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 4,42%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,73% e 0,15%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram em movimentos opostos com valorização 0,40% e 1,10%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 5,80%. Diferente da Magalu, as ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 10,00%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 3,37%.
Índices do exterior fecharam em alta/baixa
Os principais índices europeus tiveram desempenhos negativos nesta segunda-feira (29). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,51%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,98%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,18%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,08% e 0,07%, respectivamente. Já o Dow Jones recuou 0,12%.