O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou nesta terça-feira (30) a Joe Biden, o presidente dos EUA, a posição do Brasil sobre a necessidade de acesso às atas de votação das eleições na Venezuela para a aceitação dos resultados, segundo apuração da “Reuters”.
Lula e Biden conversaram por cerca de 40 minutos, em um telefonema solicitado pelo líder norte-americano.
As movimentações que o embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente brasileiro, teve em Caracas com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e com o candidato da oposição, Edmundo González, foram informadas à Biden por Lula.
Lula e Biden, de acordo com a fonte, optaram por seguir com os canais de diálogo abertos entre Brasil e EUA sobre a situação na Venezuela.
O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela anunciou que Maduro venceu a eleição deste domingo (28) com 51% dos votos. No entanto, segundo a oposição, González tinha mais que o dobro de votos que Maduro, nos 73% dos votos aos quais eles tiveram acesso.
Diversos líderes latino-americanos rejeitaram os resultados, os venezuelanos iniciaram protestos pelo país, enquanto outras nações disseram que é necessária maior transparência.
Lula critica Campos Neto: ‘Será que essa pessoa não tem respeito?’
Durante a cerimônia de anúncio de investimentos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), nesta sexta-feira (26), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou a ocasião para executar uma de suas atividades preferidas: tecer críticas a Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central).
Após uma breve “trégua”, aconselhada por ministros e assessores, Lula retomou as críticas a Campos Neto. Durante seu discurso, o presidente da República mostrou seu descontentamento sobre o atual patamar da taxa básica de juros.
Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), o grupo optou por manter a Selic (taxa básica de juros) em 10,5% ao ano.
Lula considera o patamar muito alto e entende que os juros altos prejudicam o avanço da economia nacional.