Pesquisa

FGV: confiança empresarial atinge maior nível em 3 anos 

O Índice de Confiança Empresarial, calculado pela instituição, subiu 1,3 ponto entre junho e julho, atingindo 97,6 pontos

Foto: Pexels
Foto: Pexels

A confiança empresarial, medida no mês de julho, chegou ao maior nível em 3 anos. O principal impulso foi o otimismo generalizado nos setores de comércio, serviços, construção e indústria, afirmou o superintendente de estatísticas do FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), Aloisio Campelo Jr.

O ICE (Índice de Confiança Empresarial), calculado pela instituição subiu 1,3 ponto entre junho e julho, atingindo 97,6 pontos. O número foi o maior desde novembro do ano passado, na época o resultado foi de 1,4 ponto. 

Uma série de fatores favoráveis contribuíram para esse resultado, disse Campelo, de acordo com o “Valor”.

“A indústria e a construção estão em bons momentos. A construção, em particular, está em uma boa fase após anos sem crescimento”, frisou o superintendente da FGV-Ibre.

Enquanto isso, a confiança da indústria cresceu 3,3 pontos e a da construção subiu 0,9 ponto, no período de junho para julho. 

Na observação de Campelo, há um bom desempenho no setor de bens de capital, com um retorno de investimentos na economia, incluindo a renovação de máquinas e equipamentos, o que beneficiou a indústria da transformação.

Minha Casa Minha Vida impulsionou setor de construção, diz FGV-Ibre

A volta do programa Minha Casa Minha Vida tem levantado o setor de construção. Ao passo que o comércio e serviços registraram aumento na confiança após quedas em resultados anteriores, conforme dados do FGV.

No intervalo de tempo em questão, o ICE indicou, também, que a confiança no comércio subiu 0,6 ponto entre junho e julho, enquanto a confiança nos serviços avançou 0,2 ponto.

A procura por ambos os setores econômicos segue forte, como os resultados indicam. Em outros setores, como o varejo restrito, as vendas tiveram aumento de 1,2% em maio, segundo o PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Enquanto isso, o volume de serviços manteve-se estável no mesmo período. Para Campelo, mesmo sem crescimento, a estabilidade no setor de serviços, que representa quase 70% do PIB,, já exerce um impacto positivo na economia como um todo.