A expectativa de queda da Selic em dezembro foi mantida no cenário base do UBS BB, mas a instituição alerta para “riscos crescentes” de elevações nos juros ainda este ano. Para o banco há 30% de chance de que o BC (Banco Central) seja forçado a aumentar a taxa básica em setembro.
Um ambiente com câmbio ainda mais depreciado, ou um quadro fiscal abaixo do esperado pelos agentes do mercado, é um panorama alternativo visado pelo UBS BB.
“A resposta esperada da política monetária e uma política fiscal subsequente mais branda nos deixam com um cenário alternativo de três aumentos de 0,5 ponto percentual em setembro, novembro e dezembro”, disseram Alexandre de Ázara, economista-chefe do UBS BB e os economistas Fabio Ramos e Rodrigo Martins, em relatório.
Esse quadro levaria a Selic a 12% até o final de 2024, enquanto que a volta do relaxamento da política monetária só viria a ocorrer no início de 2025, reforçaram os economistas do UBS BB, de acordo com o “Valor”
O banco considera “muito improvável” que os juros permaneçam em 10,5% em 2024 e 2025.
A equipe do banco projetou a retomada da redução na Selic em dezembro, com 70% de chance de ocorrer, em seu cenário base.
No entanto, há 4 condições para que isso essa projeção se concretize: o Fed precisa começar a cortar os juros em setembro, a inflação precisar ficar abaixo do esperado (conforme as estimativas do UBS BB), as decisão do Copom precisam seguir unânimes até dezembro, além de um anúncio fiscal convincente que gere uma apreciação do real.
Petrobras (PETR3): “novo capitão, mesmo navio, mesmos ventos”, vê UBS BB
Apesar das recentes mudanças na gestão, as perspectivas para a Petrobras (PETR3; PETR4) continuam positivas, com expectativas de robustos rendimentos de dividendos.
Esta avaliação foi destacada pelo UBS BB em um relatório divulgado nesta quinta-feira (1), após uma reunião com a nova CEO, Magda Chambriard, o CFO, Fernando Melgarejo, e outros executivos da empresa.
A percepção é de que a estatal de petróleo teria um novo capitão, mas o “mesmo navio e mesmos ventos”.
O UBS BB recomendou a compra das ações da Petrobras, estabelecendo um preço-alvo de R$49 para as ações ordinárias e preferenciais, e uma estimativa de US$19,4 para as American Depositary Receipts (ADRs).