A Fitch Ratings removeu as notas de crédito em moedas estrangeiras e local “D” da Gol (GOLL4), por razões comerciais. Os analistas da empresa reiteraram as notas antes de retirá-las, como reflexo do processo de recuperação judicial (Chapter 11) ainda em curso nos EUA.
“Apesar da melhora da geração de caixa desde a pandemia, o incremento das despesas de arrendamento após reduções e adiamentos durante a crise, além das elevadas taxas de juros, têm pressionado a geração de fluxo de caixa livre da Gol”, afirmaram os analistas da Fitch.
Segundo a metodologia da agência, a nota “D” aponta inadimplência de obrigações e significa que a empresa entrou com pedido de recuperação judicial, intervenção administrativa, liquidação ou outro processo semelhante.
No início da tarde desta quarta-feira (7), os papéis da Gol avançaram 2,83%, cotados a R$ 1,09. Já por volta das 15h34 (horário de Brasília), as ações registravam alta de 1,89%, a R$ 1,08.
Azul (AZUL4): Fitch rebaixa perspectiva de nota de crédito para negativa
A Fitch Rating, uma das maiores agências de classificação de risco de crédito, rebaixou as perspectiva da Azul (AZUL) de estável para negativa.
De acordo com o relatório, a mudança é em decorrência das “pressões de queima de caixa da Azul, devido às suas elevadas despesas com arrendamento e juros, à depreciação do real e às volatilidades dos preços dos combustíveis”, disse a agência.
A Fitch ainda destacou a “significativa dependência” da aérea “no acesso ao mercado de crédito para financiar sua geração de fluxo de caixa livre negativa e manter níveis de liquidez saudáveis”.
Na avaliação da agência, as métricas de crédito da Azul estão relativamente adequadas, contudo, a aérea deve continuar tendo fluxo de caixa negativo até 2025.
Com isso, a Azul (AZUL4) precisará de financiamento adicional devido à reestruturação do pós-pandemia e ao seu programa de investimentos, que prevê, entre outras coisas, a modernização da frota.