Fernando Haddad (PT), o ministro da Fazenda, comentou o resultado do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e disse que é o Banco Central (BC) que tem mandato para gerir a inflação.
O indicador acelerou 0,38% em julho e no acumulado de 12 meses chegou a 4,5%, o teto da meta.
“Nós estamos acompanhando, tomando as medidas necessárias. O BC tem falado a respeito, o dólar teve uma queda significativa nos últimos dias e a gente espera que esses números convirjam para patamares inferiores”, afirmou Haddad, nesta sexta-feira (9).
“Nós esperávamos, em função do que está acontecendo no mundo, que houvesse alguma mexida na inflação deste ano. Nós vamos acompanhar com calma, o BC já parou os cortes [de juros] e vamos analisar com calma. Tem muita coisa para acontecer este ano ainda, sobretudo no cenário internacional. Temos que ter cautela agora”, disse o ministro, de acordo com o “InfoMoney”.
Um ponto reforçado por Haddad é que as ações do BC com os juros agora afetam a inflação de 2026.
“Você não vai corrigir a inflação de 2024 aumentando o juro. Você tem que ver a trajetória da inflação ao longo dos meses para saber qual é o remédio adequado para conter um eventual aumento de preços. Inclusive tiveram boas notícias em relação a cesta básica, preços de alimentos”, comentou Haddad.
“Nós temos que acompanhar sem ansiedade e tomar as medidas necessárias para o Brasil continuar crescendo e a renda do trabalhador continuar subindo”, acrescentou.
O ministro garantiu que o governo Lula tomará as medidas cabíveis para assegurar o crescimento do Brasil.
Haddad celebra taxação de super-ricos em comunicado do G20
Na entrevista de encerramento da semana de reuniões entre os ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais dos países que compõem o G20, no Rio de Janeiro (RJ), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), classificou os documentos finais do encontro como “uma grande vitória da diplomacia brasileira”.
No final desta tarde de sexta-feira (26), Haddad conversou com os jornalistas antes mesmo do encerramento oficial das atividades.
O chefe da equipe econômica do governo antecipou os principais pontos que farão parte do documento final e comemorou as menções à proposta brasileira de tributação global dos chamados “super-ricos”.
A ideia mencionada pelo ministro ainda é rechaçada por alguns países — entre eles os EUA.