A XP Inc. (XPBR31) reportou um lucro líquido de R$ 1,118 bilhão no segundo trimestre de 2024, uma alta de 14%, na comparação anual, e de 9% na base trimestral.
O crescimento das captações e a maior eficiência operacional, segundo a XP, foi o que impulsionou o conjunto de números recordes no trimestre passado.
O EBT – lucro antes da incidência de impostos – aumentou cerca de 43% em comparação com o 2º trimestre de 2023, atingindo R$ 1,38 bilhão. Enquanto isso, a margem líquida da XP cresceu 109 pontos base no período, para 26,5%.
O ROAE (retorno sobre patrimônio líquido médio) encerrou o 2TRI24 em 22,1%, o que representa um crescimento de 13 pontos-base em termos anuais, segundo a “Reuters”.
Outro recorte alcançado pela XP foi na receita bruta da XP, esta que alcançou R$ 4,5 bilhões. O valor é 21% maior que o faturamento obtido no mesmo período de 2023.
As estimativas da empresa preveem uma receita bruta anual entre R$ 22,8 bilhões e R$ 26,8 bilhões em 2026, logo, o resultado atual auxilia a empresa nesse objetivo.
Em paralelo a isto, a receita líquida no 2TRI24 teve variação positiva de 19%, para R$ 4,219 bilhões.
O destaque do balanço da XP foi o segmento de varejo, cuja a receita cresceu 14% na base anual, para R$ 3,294 bilhões. A renda fixa apresentou a maior expansão, de 42% ano contra ano, que movimentou R$ 820 milhões.
Enquanto isso, a plataforma de fundos subiu 5% na comparação anual e 13%na base trimestral, para R$ 357 milhões.
Já a renda variável representou R$ 1,115 bilhão da receita bruta da XP no 2TRI24, com redução de 1% em relação ao primeiro trimestre, porém houve uma elevação de 5% em bases anuais, mesmo em um cenário de juros ainda elevados.
XP muda carteira global antes de corte de juros nos EUA
O mercado tem praticamente certeza de que haverá corte de juros nos EUA em setembro, mesmo que ainda haja dúvidas sobre a intensidade, se será de 0,5 ou 0,25 ponto percentual. Assim, a XP já se prepara para a mudança no cenário e faz alterações em suas recomendações.
A XP mudou a visão para a renda fixa global de positiva para neutra e elevou o percentual recomendado de renda variável para todos os perfis de investimento.
No relatório, a XP destacou que o aumento nos preços dos títulos norte-americanos, que é inversamente proporcional ao movimento das taxas, abre caminho para alterações na alocação, “deixando agora com a sugestão de uma exposição mais neutra”.
Além disso, a expectativa de juros mais baixos tem afetado positivamente os prêmios de risco da renda variável global, conforme os especialistas que assinaram o relatório, o que possibilitou o ajuste de exposição nessa classe de ativo.