A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), declarou nesta quarta-feira (14) que “gastar muito às vezes é fundamental”, mencionando como exemplo investimentos que melhorem a qualidade da educação pública. A declaração foi feita durante um evento promovido pela revista “Carta Capital”.
A afirmação foi dada por Tebet quando a ministra comentava sobre a qualidade da educação pública.
“Gastar muito às vezes é uma boa saída. Não vai impactar a Bolsa e o dólar, porque falas minhas já impactaram. Então, tenho que tomar muito cuidado. Estou falando como ministra do Planejamento, não como ministra do Orçamento”, disse, de acordo com o “Valor”.
“Gastar muito às vezes é fundamental. Se você gasta muito em educação, mas tem educação de qualidade, você preparou o Brasil. Aí não é gasto. Nesse aspecto, eu concordo com o presidente [Luiz Inácio Lula da Silva (PT)]. Quando a educação se transforma em educação de qualidade, não é gasto, é investimento”, acrescentou.
O presidente Lula também diz frequentemente em eventos que os gastos com educação correspondem a investimentos que trarão retornos futuros para o país.
Durante o evento desta quarta-feira, Tebet chegou a dizer que o presidente Lula lhe deu “carta branca” para a Estratégia Brasil 2050, uma espécie de plano em elaboração pelo Ministério do Planejamento e Orçamento que “tem como premissa a redução das desigualdades sociais e regionais, o aumento da produtividade e da inovação, os efeitos da mudança climática e a transição demográfica”, de acordo com a definição da pasta.
Tebet: alcançar a meta de déficit zero é “ginástica difícil”
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse, nesta quinta-feira (18), que alcançar a meta de déficit zero, traçada a partir da LOA (Lei Orçamentaria Anual) de 2025 é “ginástica difícil”.
“É uma conta matemática que parece simples, mas não é”, disse a ministra em entrevista ao programa “Bom dia, Ministra”, no CanalGov.
Tebet reiterou, no entanto, que ao governo está compromissado em “não gastar mais do que arrecada”, uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ela, um “país que entra anos seguidos com déficit” compromete negativamente variáveis como juros e inflação.