A Mobly detalhou, nesta quinta-feira (15), os planos de sinergias entre R$ 80 milhões e R$ 135 milhões que serão gerados em até 5 anos da conclusão da possível fusão que a empresa pretende realizar com sua concorrente do setor, a Tok&Stok.
A economia anual de custos deve gerar cerca de R$ 90 milhões do valor total, enquanto outros R$ 15 milhões virão de fluxo de caixa anual por otimização de créditos tributários.
O Ebitda adicional – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – deve gerar até R$ 30 milhões vindo de outras sinergias.
A otimização da estrutura administrativa da Tok&Stok deve ser responsável, em até seis meses, pela primeira parte das sinergias, com redução de centros de distribuição, menor custo com fretes e melhor negociação com fornecedores locais, de acordo com o “Valor”.
Em um período de médio a longo prazo, entre seis meses e um ano, a empresa espera que as condições de negociações com os fornecedores estrangeiros demonstrem melhoras, com a unificação da estrutura de logística e criação de um marketplace online para a Tok&Stok.
Essas sinergias devem ser retiradas completamente da estrutura de tecnologia de informação e logística, otimização fiscal, vendas cruzadas nas lojas e on-line e “dropshipping” na Tok&Stok, após um ano da fusão.
Tok&Stok: sem apresentar avanços, CEO é destituída e gestora assume
Na reunião do conselho de administração da Tok&Stok realizada nesta quarta-feira (17), os acionistas optaram pela destituição da atual presidente da empresa, Ghislaine Dubrule, membro da família fundadora e sócia minoritária da rede. As informações pertencem à apuração do Valor Econômico.
Em junho de 2023, Dubrule reassumiu o cargo executivo com o objetivo de revitalizar os resultados da rede, porém, não foi possível observar melhorias significativas nos números desde então.
Diante desse cenário, a gestora Carlyle, detentora de 60% da empresa, optou por implementar um plano de reestruturação na liderança da varejista.
Não há consenso entre os acionistas, visto que a família Dubrule detém os outros 40% do capital da empresa.
Guilherme Santa Clara, especializado em reestruturação e otimização de custos, é o nome cotado para assumir o cargo, segundo fontes.
A decisão foi complexa, já que Ghislaine Dubrule defendia sua permanência, argumentando por melhorias a longo prazo.
Nos últimos meses, ela advogava pela manutenção das lojas deficitárias para recuperar os resultados, uma abordagem contrastante com a busca imediata de eficiência e retorno pelo fundo majoritário.