O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (16), em passagem pelo Rio Grande do Sul (RS), que a defesa do Estado mínimo é “bobagem”.
Em seu discurso, Lula voltou a defender a necessidade de que o governo federal faça investimentos em saúde e educação.
“É preciso acabar com essa bobagem que o Estado tem de ser mínimo, que o Estado não pode fazer as coisas. Eu sofri com o SUS (Sistema Único de Saúde) durante muitos anos porque fui deputado constituinte. Depois que a gente aprovou o SUS, eu nunca vi alguém apanhar tanto, a iniciativa privada criticava o SUS, a imprensa criticava o SUS”, lembrou Lula.
“Foram 20 anos, até que veio a pandemia. E, na pandemia, se não fosse o SUS, a gente teria tido uma desgraça muito maior do que teve”, completou o presidente. “O Estado não tem que ser mínimo ou máximo. Estado tem que ser Estado e dar igualdade de tratamento a todos os seus filhos”.
Lula diz que não reconhece eleição de Maduro
Embora o Brasil tenha adotado uma postura cautelosa até agora em relação às eleições na Venezuela, na última quinta-feira (15) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva endureceu o discurso ao afirmar que seu governo ainda não reconhece a reeleição de Nicolás Maduro.
Lula afirmou que Maduro precisa “dar uma explicação ao mundo” devido às suspeitas que envolvem o processo eleitoral. Durante uma entrevista à Rádio T, no Paraná, Lula sugeriu a possibilidade de uma nova eleição com supervisão internacional.
“O Maduro tem seis meses de mandato ainda. Se ele tiver bom senso, poderia conclamar o povo, quem sabe convocar novas eleições”, declarou Lula, reconhecendo uma “deterioração” nas relações com o governo venezuelano. “A legitimidade do resultado é o que permitiria que a gente brigasse contra as sanções à Venezuela”, acrescentou.