Os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (Psol) e José Luiz Datena (PSDB) optaram por não participar do terceiro debate, agendado para segunda-feira (19). A decisão de se ausentar foi motivada pela atuação de Pablo Marçal (PRTB) nos dois debates anteriores.
As campanhas argumentam que é impossível debater políticas públicas e propostas em um ambiente de “vale tudo” criado por Marçal.
O debate é promovido pela revista “Veja”, ESPM, Paraná Pesquisas e o escritório de advocacia Bonini Guedes. O ex-coach tem investido em provocações e ataques à reputação dos candidatos — especialmente Boulos — para ganhar destaque na internet.
Ativo nas redes sociais, Marçal possui milhares de seguidores que compartilham seus vídeos nas plataformas, e foi o candidato que alcançou o maior impacto na divulgação de trechos dos debates.
Na semana passada, o Ministério Público Eleitoral pediu à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar o candidato do PRTB por divulgação de informações falsas.
Efeito Marçal
No sábado (17), a Justiça Eleitoral concedeu a Boulos o direito de resposta nas redes sociais de Marçal, após este ter acusado, sem evidências, o candidato do Psol de ser usuário de drogas. Marçal ainda pode recorrer da decisão.
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De acordo com a organização do debate, haverá púlpitos com os nomes dos candidatos, mesmo que alguns não compareçam. Além de Marçal, estarão presentes Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo).
Desde a semana passada, as campanhas de Nunes e Boulos estão revisando suas estratégias para conter o avanço de Marçal e os ataques por ele promovidos.
Após o debate realizado pelo “Estado de S. Paulo”, Terra e Faap na quarta-feira (14), aliados de Nunes chegaram a procurar a campanha de Tabata para discutir um possível acordo que permita rebater os ataques do candidato do PRTB nos próximos encontros.
O próximo debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo está agendado para o dia 1º de setembro, em um evento promovido pela TV Gazeta e pelo portal MyNews.
