Queda à vista?

Petrobras (PETR4) poderia cortar preços de combustíveis e 'ajudar' inflação

Os preços praticados nas refinarias da petroleira estão com um deságio de 4,4% na gasolina

Petrobras
Petrobras / Foto: Agência Petrobras

A recente queda nos preços internacionais da gasolina e do diesel, consequência da desaceleração da economia chinesa e da menor tensão geopolítica no Oriente Médio, além da forte valorização do real frente ao dólar, pode levar ao fim da defasagem nos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras (PETR4).

De acordo com o rastreador de preços de combustíveis da Genial Investimentos, o preço médio praticado pelas refinarias da Petrobras (PETR4) foi de R$ 3,05 por litro para a gasolina e R$ 3,68 por litro para o diesel. Ou seja, os preços praticados nas refinarias da petroleira estão com um deságio de 4,4% na gasolina (-R$ 0,13 por litro) e um ágio de 1,4% no diesel (R$ 0,05 por litro) em relação à paridade de preços do mercado internacional.

Diante disso, a Wagner Investimentos apontou que a gasolina costuma ficar defasada em 13%. Assim, a estatal teria espaço para um corte de aproximadamente 10% nos preços. O reajuste, caso ocorra, reduziria a inflação em 0,3 p.p. (ponto percentual) e ainda poderia evitar o rompimento do teto da meta de 4,5%.

“A queda nos preços dos combustíveis aliviaria o Comitê de Política Monetária (Copom), que ficou encurralado pelo mercado logo após a ata e as declarações mais duras de [Gabriel] Galípolo”, disse a instituição, de acordo com o “InfoMoney”.

Por outro lado, os discursos dos últimos dias foram muito favoráveis à alta da Selic (taxa básica de juros). O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, chegou a declarar que “as bandas não existem para reduzir o esforço da política monetária, enquanto a meta é de 3%”.

Já para a Wagner Investimentos, o ciclo de alta que se iniciará em setembro deve começar com 25 bps (pontos-base), podendo o Copom elevar os juros mais duas vezes em 50 bps. Esse ciclo deverá ficar entre 75 e 150 bps, a depender dos próximos dados.

Petrobras (PETR4) conclui obras de projetos para elevar produção de gás

Petrobras (PETR4) prevê que as operações do Gasoduto Rota 3 e de sua unidade de sua Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) tenham início ainda em agosto, segundo apuração da CNN. 

A pretensão do projeto, que começou a ser desenvolvido em 2014, é expandir em 85% a capacidade da Petrobras no tratamento de gás natural — insumo considerado estratégico pelo governo Lula.

O gasoduto liga as plataformas da Bacia de Santos até o Polo GasLub Itaboraí (antigo Comperj), no Rio de Janeiro e as obras já foram concluídas. A UPGN está prestes a ser liberada.