O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) negou um dos pedidos de suspensão da candidatura de Pablo Marçal (PRTB), coach, empresário e influenciador digital, à Prefeitura de São Paulo.
O pedido de impugnação havia sido apresentado pelo partido de outra candidata à Prefeitura da capital paulista, o PSB, da deputada federal Tabata Amaral.
“A concessão de liminar pleiteada com a suspensão do registro de candidatura poderá gerar a ausência da urna eletrônica, o que poderá acarretar perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão”, anotou o juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, em decisão publicada nesta quarta-feira (21).
O pedido foi feito por conta de uma suspeita de abuso de poder econômico. A acusação era de que Pablo Marçal havia pagado a seguidores para compartilhar vídeos seus nas redes sociais Instagram e TikTok.
Entenda histórico: MPE pede suspensão da candidatura de Pablo Marçal
Devido à suspeita de abuso de poder econômico, após admitir o pagamento para que seguidores compartilhassem seus vídeos, a candidatura de Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura de São Paulo pode ser suspensa após manifestação favorável do MPE (Ministério Público Eleitoral).
Caso seja condenado pela suspeita, Pablo Marçal pode se tornar inelegível por 8 anos, cabe à Justiça Eleitoral seguir, ou não, a recomendação da Promotoria, feita no sábado (17).
O parecer veio em resposta à ação movida pelo PSB, de Tabata Amaral, que denunciou que seguidores de Marçal são remunerados por compartilharem cortes de seus vídeos em perfis das redes sociais Instagram e TikTok.
Pablo Marçal gravou vídeos incentivando seus seguidores a se cadastrarem em aplicativos de cortes de conteúdo, com promessa de remuneração aos que tivessem mais visualizações.
“Deve ter aí no mínimo uns 300 alunos meus ficando ricos sem colocar a imagem deles, só pondo a minha. O que você faz? Você pega o corte de uma coisa muito forte que eu estou fazendo, lança esse corte, e se você for bem-sucedido, a minha equipe vai te chamar para uma parceria”, disse o candidato durante palestra, segundo apuração do jornal “O Globo”.
Marçal negou que ele próprio tenha financiado os cortes, apesar das gravações com as falas.
“Não há financiamento nenhum por trás disso, nem na pré-campanha nem na campanha. Isso é só uma tentativa desesperada do bloco da esquerda, MDB, PSB, PT e PSOL, de tentar frear quem realmente vai vencer as eleições. Essa manobra só reforça o medo que estão do efeito Marçal, mas eles não vão nos parar”, disse ele em nota, de acordo com o “UOL”.