Para Léo Goes, sócio da Online Entretenimento, que esteve presente no Finance Day, os eventos geram recursos e injetam “muito dinheiro na economia”, representando cerca de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Porém, segundo ele, a economia e o dólar são desafios para desenvolvimento de eventos internacionais fora do eixo Rio-São Paulo.
“O setor de eventos mexe com a economia de modo geral, ele se envolve com várias cadeias que dependem dele hoje, por isso é tão importante no mercado financeiro”, afimrou o empresário durante o Finance Day, nesta quarta-feira (21).
“O setor passou por muitos ajustes, viemos de uma pandemia. Na verdade, o setor de eventos se redescobriu, se readequou ao mercado de modo geral. Hoje, nosso maior problema é o econômico mesmo, o que é atrativo ou não”, disse.
O empresário explicou que um dos maiores desafios para a realização de eventos é entender as escolhas que precisam ser feitas de forma mais assertiva. Em paralelo a isso, a atração do mercado estrangeiro também se põe à frente dos negócios quando se trata de desafios.
“O mercado estrangeiro hoje, a dificuldade nossa maior, é o mercado em geral por causa do dólar. Todo artista internacional tem interesse em tocar no Brasil, o que não conseguimos trazer para o Brasil todo, as vezes a gente só tem determinadas regiões, por causa do nosso problema nosso econômico. Então é mais fácil levar [o artista internacional] para o Rio de Janeiro, São Paulo, ou para o sul, do que para o Nordeste. Por isso, temos uma carência de menos artista internacional no Nordeste”, acrescentou.
Finance Day levará novas propostas ao setor de eventos, diz realizador
Nicolau Eloy, um dos sócios fundadores do BP Money e idealizadores do Finance Day, reforçou o intuito de “fortalecer o ecossistema baiano do entretenimento e turismo, que tanto sofreu por causa da pandemia”.
O empresário afirmou que o evento traz novas propostas sobre os negócios no mundo Business, tema quase nunca abordado em Salvador, mesmo com a força que a cidade tem para o setor, especialmente no período de carnaval.
Ao ser questionado sobre as dificuldades que a pandemia trouxe para a entretenimento, Eloy afirmou que, entre os dilemas vividos com a produção de eventos públicos e privados, o grande ponto é que os empresários, hoje, fazem “muitas coisas separadas”.
“Quanto mais unidos os empresariados do entretenimento estiverem, melhores serão as condições para realizar eventos, melhores serão as condições de financiamento, e assim, consequentemente, melhores serão as margens desse negócio”, finalizou.
Ricardo Luzbel, outro sócio fundador do BP Money e um dos realizadores do Finance Day, afirmou que a Bahia é “um celeiro de entretenimento”.
“Temos o maior Carnaval, a festa popular do Brasil, e vários artistas, vários eventos consagrados. Depois da pandemia, ficou todo mundo muito assustado com o que ia acontecer, mas as coisas evoluíram”, comentou o empresário.