Acompanhamento da Bolsa

Ibovespa aprofunda queda e tenta segurar os 135 mil pontos

Já o dólar comercial segue o sentido contrário do índice, ao passo em que avança 1,59%, cotado a R$ 5,5683

Ibovespa
Foto: Divulgação

Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, aprofunda a queda durante o pregão desta quarta-feira (21), após registrar novo recorde na quarta-feira (21).

Por volta das 13h (horário de Brasília) o marcador apresenta uma variação negativa de 0,94%, aos 135.174 pontos.

Já o dólar comercial segue o sentido contrário do índice, ao passo em que avança 1,59%, cotado a R$ 5,5683.

Ibovespa tem falas de Guillen e Galípolo no foco

O mercado está atento às falas do dirigentes do BC (Banco Central) sobre os rumos da política monetária no Brasil. O diretor de política econômica do BC, Diogo Guillen, afirmou que há um excesso de tentativas para transformar o balanço de riscos da autarquia em uma projeção (“guidance”).

“Ele não deveria ser visto como ‘guidance’ de política monetária, ele é o balanço de riscos sobre a projeção de inflação e temos tentado ser transparentes sobre ‘guidance’, sobre o que estamos pensando através do comunicado e através da ata”, disse Guillen, que participou da 7ª edição da semana de mercado financeiro, organizada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Guillen disse ainda que segue vendo um cenário com muita incerteza externa e doméstica, além de projeções elevadas para a inflação e mais riscos, o que leva a um “cenário mais desafiador” para a política monetária.

Quanto à comunicação da ata do Copom, ele comentou que “está muito confortável”.

Às 14h30 (horário de Brasília), será a vez das falas de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária da autarquia. Nesse sentido, as declarações de ambos podem ajudar a balizar as apostas dos agentes para a Selic no curto prazo, com efeitos práticos tanto em toda a estrutura a termo da curva quanto no mercado de câmbio.

Vibra (VBBR3) lidera perdas após compra dos outros 50% da Comerc

A Vibra Energia (VBBR3) fechou um acordo para antecipar o direito de compra da participação restante de 50% na sua controlada Comerc Energia, comercializadora que teve 50% de participação adquiridos pela Vibra em 2022.

Por volta das 13h (horário de Brasília), os papéis da Vibra recuava 3,76%, cotados a R$ 25,11, e lideravam as perdas do Ibovespa.

Apesar da queda, analistas avaliaram positivamente o acordo. Para o Citi, a decisão da Vibra em comprar a participação restante que ainda não detinha na Comerc é positiva do ponto de vista estratégico e não traz efeitos significativos à sua alavancagem.

Para o BTG Pactual, a aquisição tem um lado positivo, na medida em que a Comerc oferece um potencial de alta significativo para a estratégia de longo prazo da Vibra, particularmente dada a visibilidade melhorada dos resultados futuros, mas a probabilidade de dividendos elevados deve cair.

A XP avaliou que o acordo faz sentido do ponto de vista estratégico, mas o anúncio foi uma surpresa e o valor do negócio é controverso.

EUA

As bolsas de Nova York reverteram a alta do início do pregão e operam em queda. Investidores operam em compasso de espera pelo Simpósio de Jackson Hole do Federal Reserve (Fed) – em especial pelo discurso de seu presidente, Jerome Powell, na sexta-feira (23) de manhã.

Dow Jones Futuro: – 0,21%

S&P 500 Futuro: -0,29%

Nasdaq Futuro: -0,54%