O Morgan Stanley elevou a recomendação para as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) de “equalweight” (neutra) para “overweight” (compra), revisando o preço-alvo das American Depositary Receipts (ADRs) de US$ 18 para US$ 20, conforme relatório divulgado aos clientes e ao mercado.
De acordo com os analistas Bruno Montanari, Thiago Casqueiro e Carlos Moraes, o potencial para a distribuição de dividendos extraordinários continua intacto.
“A tese de investimento da Petrobras continua centrada na remuneração ao acionista que – para melhor ou para pior – está diretamente ligada à alocação de capital”, destacam.
Os analistas projetam possíveis distribuições adicionais de cerca de US$ 7 bilhões até 2025, com a possibilidade de os pagamentos serem divididos igualmente nos quartos trimestres deste ano e do próximo.
“Os fluxos de caixa da PBR são muito resilientes e podem suportar distribuições mesmo em ambientes de mercado desafiadores”, reforçam, após análise de 20 cenários distintos.
O Morgan Stanley acredita que a redução gradual dos ruídos pode contribuir para uma menor volatilidade das ações.
A comunicação da nova gestão teria sinalizado uma continuidade na estratégia, com possibilidade de um aumento responsável nos investimentos, alinhado à distribuição de dividendos, desde que haja caixa disponível. O banco projeta um rendimento de FCF de 22% em 2024 e 23% em 2025.
Ações da Petrobras
As ações da Petrobras apresentaram ganhos expressivos impulsionadas pela alta do petróleo e pela elevação de recomendação. Às 11h05 (horário de Brasília) desta segunda-feira (26), os papéis PETR3 avançavam 4,49% (R$ 41,13), enquanto PETR4 registrava alta de 3,69% (R$ 38,23).
Outras empresas do setor, como 3R Petroleum (RRRP3), PetroReconcavo (RECV3) e PRIO (PRIO3), também tiveram ganhos próximos a 1%.
No mercado de commodities, o petróleo começou o dia em alta, registrando uma valorização de cerca de 3% após o governo da Líbia suspender suas exportações.
Os preços dispararam após o governo do leste da Líbia anunciar, na segunda-feira, o fechamento de todos os campos de petróleo, interrompendo tanto a produção quanto as exportações.