Os saques nos Fiagros (fundos de investimento em cadeias agroindustriais) superaram os investimentos em R$ 147,5 milhões no mês de julho, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). No mês foi registrado um volume mensal histórico de saída de recursos para a classe.
Os Fiagros foram classificados como produtos e lançados no mercado em agosto de 2021, sendo o período de Julho de 2024 o quarto mês de resgates nos fundos.
A classe havia registrado mais saques que investimentos também em janeiro, fevereiro e agosto de 2023, porém, o volume dos déficits foi menor.
Os únicos fundos da classe com captação positiva foram os Fiagros-FIP (Fundos de Investimento em Participações), com investimentos de R$ 2 milhões.
Enquanto isso, os Fiagros-FII (Fundos Imobiliários) tiveram R$ 108,4 milhões de saques líquidos, e os Fiagros-FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) tiveram R$ 41,1 milhões de saídas.
Ofertas dos Fiagros atingem segundo maior volume mensal de 2024
Conforme a Anbima, a classe ainda tem captação positiva de R$ 664,8 milhões no acumulado de janeiro a julho.
No período, as ofertas nesses fundos atingiram o segundo maior volume mensal de 2024, com o total R$ 465,1 milhões, distribuídos em três operações. O resultado ficou atrás apenas de abril, quando foram captados R$ 497,7 milhões, de acordo com o “Valor”.
Os Fiagros-FIDC emitiram cerca de R$ 403,1 milhões em julho, ao passo que os Fiagros-FII somaram R$ 62,0 milhões no mês. No entanto, apesar de ter sido o único segmento com captação positiva, o Fiagros-FIP não fez emissões.
Os fundos de investimento foram os principais subscritores da classe, representando 86%, enquanto as pessoas físicas foram cerca de 14%. As emissões nos Fiagros chegaram a R$ 1,8 bilhão em 32 ofertas, considerando os dados acumulados de 2024.
No mês de julho, o patrimônio líquido da classe atingiu R$ 39,7 bilhões, um avanço de 126,8% na comparação anual.