O esforço feito pelo governo no segundo semestre permitirá o cumprimento da meta fiscal de 2024, afirmou Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou na noite desta terça-feira (27).
O governo Lula determinou uma déficit zero como meta de resultado primário este ano, mas ainda mantendo uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB (Produto Interno Bruto).
Haddad citou, durante evento do Banco Santander, que mesmo com o otimismo há uma série de desafios a serem enfrentados pelo governo na tentativa de equilibrar as contas públicas, a exemplo da falta de compensação às despesas bilionárias contratadas, de acordo com o “InfoMoney”.
A aprovação do novo Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) foi um dos desafios citados pelo ministro da Fazenda, visto que o projeto “multiplicou os aportes da União”.
Aprovado em 2020, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o novo Fundeb é formado por recursos de impostos e de transferências constitucionais de Estados, Distrito Federal e municípios, além de recursos provenientes da União.
As contribuições do governo federal devem avançar gradativamente, pelas regras em vigor, até atingir 23% do fundo em 2026.
Haddad considerou, porém, que quando o novo patamar do Fundeb foi aprovado, “não se aprovou fonte para isso”.
Haddad: Congresso tem ajudado o governo na agenda econômica
Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, disse nesta segunda-feira (26) que o conjunto de reformas que vêm sendo aprovadas pelo Congresso Nacional podem levar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a “correr risco” de ter melhor desempenho na área econômica do que teve nos dois primeiros mandatos.
Além disso, o impulso dos investimentos relacionados ao setor de transição energética também tem servido de ajuda na área.
Para Haddad, a economia pode surpreender em 2024, da mesma forma que o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023 surpreendeu analistas, pela expansão de 2,9%. A projeção de alguns bancos já aponta um crescimento de 3,1%, segundo o ministro.
Haddad esteve junto com Lula e outros ministros que integram o governo federal na cerimônia de assinatura de atos após a reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Ao fim destes mandatos, afirmou Haddad, o presidente da República deve entregar o governo com desempenho melhor em crescimento econômico, inflação média baixa mais do que nos primeiro dois mandatos e com a menor taxa de desemprego da série histórica.