A carteira digital PicPay divulgou lucro líquido de R$ 61,8 milhões no primeiro semestre de 2024, uma alta de 24 vezes em relação ao lucro do mesmo período do ano anterior. Já a receita líquida registrou crescimento de 50,2%, a R$ 2,374 bilhões.
Em termos de base de clientes, o PicPay chegou a 57 milhões de usuários totais, com expansão anual de 13,3%. Já os clientes ativos atingiram 36 milhões, uma alta de 10,1%.
A receita líquida de juros (NII) consolidada, que envolve operações de crédito, cartão e carteira digital, foi de R$ 1,077 bilhão.
No primeiro semestre de 2023, a companhia ainda não tinha uma carteira de crédito própria, atuando somente como marketplace, até que, em outubro, começou a ofertar empréstimo pessoal e antecipação do FGTS.
Em janeiro deste ano, lançou o consignado e incorporou a carteira de cartão de crédito do Original, com quem divide os mesmos controladores.
“Entregamos mais um resultado muito positivo, que reforça nosso compromisso com o crescimento aliado à rentabilidade. A melhora na qualidade dos nossos números e a consolidação das novas avenidas que construímos nos levaram a mais um grande desempenho”, avaliou Eduardo Chedid, CEO do PicPay.
Mais dados do 1S24 do PicPay
Ao fim do primeiro semestre de 2024, a carteira de crédito do PicPay era de R$ 5,762 bilhões. Desse total, 42% está em cartão e 58% em empréstimo. As linhas com garantia são 47% da carteira. De janeiro a junho, o grupo emitiu em média 900 mil cartões por mês.
“Estamos satisfeitos com esse ritmo de 900 mil, 1 milhão de cartões por mês. Queremos crescer, mas não queremos que o risco aumente muito, então tem esses dois lados da moeda”, disse Chedid.
Como sua carteira é muito nova, o PicPay divulgou um indicador de inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias), que ficou em 3,94% em junho, o que a fintech diz ser abaixo do sistema financeiro em geral – nas linhas comparáveis – de 3,98%, e também da média dos bancos digitais, de 4,36%.
Em clientes PJ, o PicPay já tem quase 1 milhão de usuários e lançou em abril sua maquininha de cartão. Antes já contava com QR Code e link de pagamento. Os volumes (TPV) na adquirência atingiram R$ 17,4 bilhões no primeiro semestre, com expansão anual de 34,9%.
O ROE (retorno sobre patrimônio) anualizado subiu para 17,6% no segundo trimestre de 2024 e Cazotto diz que a tendência é de crescimento, mesmo com o aumento da carteira, que por sua vez eleva o patrimônio líquido – que é o denominador na conta do ROE.