As ações da Azul (AZUL4) continuam em forte queda, após despencarem 24% na última quinta-feira (29). Às 12h05 (horário de Brasília) desta segunda-feira (2), os papéis AZUL4 recuavam 13,39%, sendo cotados a R$ 4,63, com mínima intradiária de R$ 4,68, representando uma queda de 18%.
Os agentes financeiros permanecem cautelosos em relação às possíveis alternativas que a companhia aérea pode adotar para gerir sua dívida.
Queda nas ações de Azul
Em meio à queda de mais de 20% de suas ações na B3 após a reportagem, a Azul não mencionou nenhuma das alternativas citadas em seu fato relevante divulgado na última quinta-feira.
Em vez de abordar as opções mencionadas na reportagem, a Azul destacou uma série de ações já previamente divulgadas, incluindo a capacidade de captar até US$ 800 milhões utilizando sua unidade Azul Cargo como garantia principal.
“A companhia está em negociações ativas com seus principais ‘stakeholders’ para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado. Em linhas gerais, os ‘stakeholders’ estão demonstrando apoio e as negociações estão avançando na direção de melhores resultados para todas as partes”, afirmou a Azul no fato relevante.
Em entrevista ao Valor na sexta-feira, o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, revelou que a companhia está intensificando negociações com arrendadores e pode considerar a cessão de uma parte da empresa como forma de reestruturação da dívida, descartando, no entanto, a possibilidade de proteção aos credores. Além disso, a proposta de fusão com a Gol está perdendo força.