Com o setor agropecuário impulsionando os resultados nos primeiros três meses do ano, economistas projetam que o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo tenham sido os principais motores do crescimento econômico brasileiro no segundo trimestre de 2024.
Apesar dos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul e do início da recuperação, a economia brasileira se manteve aquecida, e o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter registrado uma expansão relevante.
O consenso aponta para um crescimento de 0,9% no segundo trimestre, superando os 0,8% registrados entre janeiro e março. Os dados oficiais serão divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
BofA avalia PIB
Já o Bank of America (BofA) também enxerga uma força contínua no PIB, ressaltando o papel do consumo e dos investimentos como fatores determinantes.
“O PIB do Brasil no segundo trimestre não sentiu os efeitos negativos da tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul (RS) no fim de abril e começo de maio. A ajuda financeira do governo federal às famílias, empresas, municípios e ao Estado do RS para a recuperação do estado deve ter se sobreposto às perdas inicialmente calculadas”, destaca Leandro Manzoni, analista de economia do Investing.com.
Se a previsão consensual se confirmar, a leitura pode indicar que os impactos que ameaçavam a atividade foram superestimados.
Segundo Igor Cadilhac, economista do PicPay, apesar da tragédia no Rio Grande do Sul, cujo impacto foi menor do que o inicialmente esperado, a atividade econômica tem superado as expectativas. O economista projeta um crescimento de 0,9% no PIB do segundo trimestre.