Wall Street fechada

Ibovespa fecha em queda com perda do apetite ao risco; dólar cai

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (02) com queda de 0,81%, aos 134.906,07 pontos; o dólar caiu, a R$ 5,61

Ibovespa
Foto: CanvaPro / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (02) com queda de 0,81%, aos 134.906,07 pontos. O dólar comercial caiu 0,32%, a R$ 5,61.

A Bolsa brasileira enfrentou uma sessão com baixa liquidez, por conta do feriado do Dia do Trabalho nos EUA. Além disso, o setor de commodities teve baixas, sobretudo no minério de ferro, o que levou o Ibovespa ao 3º pregão consecutivo em queda.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, caiu 0,06%, a US$ 101,64.

O dia foi marcado pela divulgação do Boletim Focus do BC (Banco Central), que indicou manutenção de previsão da Selic (taxa básica de juros) em 10,50% ao ano em 2024. Enquanto as estimativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e para o PIB (Produto Interno Bruto) subiram para 4,26% e 2,46% para este ano, respectivamente.

O minério de ferro teve perdas após novos dados de atividade industrial na China mostrarem a quarta contração seguida, com isso, a negociação da commodity na Bolsa de Dalian caiu 4,36%.

“O BC voltou a atuar no câmbio, devido ao rebalanceamento do MSCI, pois tivemos entrada de empresas brasileiras na bolsa de Nova York: o Banco Inter, o Nubank, a XP, a PagSeguro, a Stone. Isso fez com que houvesse saída de dólar do Brasil para os EUA”, disse Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.

Além disso, outra influência sobre o Ibovespa foi o detalhamento do governo sobre o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2025.

“O projeto traz a previsão de aumento de impostos e de pente-fino em benefícios sociais e previdenciários, com o governo buscando montar um Orçamento que demonstre equilíbrio entre receitas e despesas, viabilizando a manutenção da meta de déficit zero. Além disso, o intuito é aumentar a credibilidade de risco do Brasil”, indicou Mendonça.

A Assai (ASAI3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 2,40%. Logo atrás, 3R Petroleum (RRRP3) e IRB (IRBR3) registraram altas de 1,97% e 1,94%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Azul (AZUL4) liderou as perdas, caindo 18,18%. Em seguida, vieram BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3), com perdas de 6,02% e 4,26%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) desvalorizam

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,42% e 0,94%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,28%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 1,41%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 0,11%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 1,12%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com queda de 0,80% e alta de 1,07%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 0,26% e equilibrio em 0,00%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,56%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 20,97%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 5,91%.

Índices do exterior fecharam sem direção única

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta segunda-feira (2). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,14%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,20%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,03%. 

Em Wall Street, os índices acionários não operaram por conta do feriado do Dia do Trabalho.