A Azul (AZUL4) inicia nesta terça-feira (3) uma rodada de negociações com seus credores internacionais, visando captar novos recursos.
O principal desafio da companhia é renegociar os termos com os bondholders para melhorar o fluxo de caixa e superar as dificuldades financeiras reveladas no balanço do segundo trimestre deste ano, quando registrou um prejuízo de R$ 3,8 bilhões.
O plano envolve utilizar a Azul Cargo, o braço logístico da empresa, como garantia para assegurar o cumprimento dos compromissos na renegociação das dívidas com os credores internacionais. A Azul busca acelerar o processo para aliviar suas finanças e afastar especulações sobre um possível pedido de recuperação judicial.
Entre as três maiores companhias aéreas do Brasil, a Azul é a única que nunca entrou em recuperação judicial. Mesmo durante a pandemia de covid-19, quando o setor aéreo foi duramente afetado, a empresa conseguiu evitar o pior cenário.
Nos últimos meses, a Azul tem demonstrado força para potencialmente adquirir a GOL (GOLL4), sua concorrente, que atualmente enfrenta um processo de recuperação judicial nos EUA.
Azul (AZUL4): ações têm novo dia de derrocada em meio a dívida
As ações da Azul (AZUL4) continuam em forte queda, após despencarem 24% na última quinta-feira (29). Às 12h05 (horário de Brasília) desta segunda-feira (2), os papéis AZUL4 recuavam 13,39%, sendo cotados a R$ 4,63, com mínima intradiária de R$ 4,68, representando uma queda de 18%.
Os agentes financeiros permanecem cautelosos em relação às possíveis alternativas que a companhia aérea pode adotar para gerir sua dívida.
Na semana passada, a companhia aérea reiterou uma série de negociações previamente divulgadas voltadas à melhoria de sua estrutura de capital, e mencionou que uma notícia publicada pela Bloomberg havia sido “mal interpretada.”