O Bradesco BBI elevou recomendação para ação da Braskem (BRKM5) de neutro para compra, com o preço-alvo ainda em R$ 24. Com isso, na sessão desta terça-feira (3), as ações BRKM5 subiram 2,38%.
A equipe de research do BBI acredita que haverá um forte impulso para os lucros da Braskem no segundo semestre deste ano, sustentado pela desvalorização do real e preços mais altos de contêineres.
Além disso, a equação também considerou os potenciais impostos de importação e preços mais baixos do etanol nos EUA, o que pode servir de impulsio para a lucratividade da empresa no México.
O BBI também disse enxergar um potencial de queda muito limitado para as ações da Braskem, de acordo com o “InfoMoney”.
Os analistas do banco também disseramm que adicionar a Braskem aos portfólios poderia ser uma proteção às perspectivas cautelosas em relação aos preços do petróleo em função da oferta, visto que 50% dos custos da petroquimica estão expostos aos preços do petróleo.
Uma potencial recessão global, segundo o Bradesco BBI, poderia colocar mais pressão sobre os preços da resina, e também sobre os gastos incrementais relacionados a Alagoas, o que considera improvável neste momento.
A equipe indicou ver a Braskem sendo negociada a 5,9 vezes EV (Valor da Firma)/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2025.
Além disso, a empresa pode ter um desconto de 22% em relação à média de seus pares mais próximos, LyondellBasell e Westlake.
Braskem (BRKM5): indenização bilionária pode agravar situação financeira
A Braskem (BRKM5) avaliou que a vitória judicial sobre a Novonor, antiga Odebrecht, com indenização de R$ 8 bilhões pode piorar sua situação financeira. A informação é do jornal Valor Econômico.
A petroquímica alertou que a execução da sentença pode comprometer os compromissos assumidos nos acordos de leniência firmados no Brasil, EUA e Suíça, bem como resultar em graves prejuízos à petroquímica, inclusive na esfera criminal.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo condenou, em maio, a Novonor a pagar a indenização bilionária à Braskem (BRKM5).
A condenação da Justiça veio no âmbito de uma ação por abuso de poder, movida em 2018 por dois minoritários da Braskem, um deles sendo o investidor Lírio Parisotto.
Na decisão, a Justiça de SP determinou que a Novonor tem que pagar um prêmio aos autores da ação correspondente a 5% da condenação e ao pagamento de 10% da condenação relativo às custas, despesas processuais e honorários advocatícios.
A petroquímica, porém, pode não receber o valor determinado pela Justiça, devido à situação financeira da Novonor, em recuperação judicial desde 2020. À época, o pedido apontava um passivo de R$ 51 bilhões de reais sujeito ao concurso de credores.