A Unipar concluiu, na sexta-feira (6), uma nova oferta de títulos de dívida no valor de R$ 750 milhões. O negócio vem pouco mais de um ano após a maior emissão em debêntures da sua história.
A empresa quer melhorar o perfil de endividamento para garantir uma estrutura capaz de sustentar seus planos de expansão, estes que incluem oportunidades de fusões e aquisições no Brasil e no exterior.
“Devemos usar esses recursos, majoritariamente, para fazer o reperfilamento da dívida [“liability management”] resgatando dívidas com prazo mais curto e custo mais alto”, afirma Alexandre Jerussalmy, diretor financeiro e de relação com investidores da Unipar, de acordo com o “Valor”.
Os papéis foram divididos em três séries. O valor total da primeira será de R$ 290 milhões a um custo de CDI mais 0,85%, com prazo final de cinco anos.
A segunda tem um prazo de sete anos, com previsão de valor total em R$ 185 milhões com acréscimo de 1,20% à taxa do CDI. Enquanto isso, a terceira série de ativos será a mais longa, com prazo de dez anos e vai somar R$ 275 milhões a CDI mais 1,65%.
Será a primeira vez na história em que a companhia acessa o mercado de dez anos, disse Jerussalmy.
A Unipar segue avaliando outras opções de ativos além das debêntures, como a emissão de “bonds”, títulos de renda fixa negociados no exterior.
“Mas isso dependeria de uma janela de mercado e também de uma justificativa muito clara para captação de recursos no mercado internacional”, afirmou o executivo da Unipar.
Participaram da operação o Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander, Banco Votorantim e XP Investimentos. Segundo Jerussalmu, as instituições deram garantia firme na emissão, que não precisou ser exercida devido à forte demanda, que segundo Jerussalmy foi duas vezes superior ao livro de ofertas.
“Consideramos que isso foi um reconhecimento por entregas consistentes, mesmo num ciclo de baixa”, frisou o diretor financeiro da Unipar.
Segundo Jerussalmy, consultorias especializadas indicam que há fatores que podem levar o ciclo a ter uma melhora gradual (no mercado petroquímico) ao final de 2024 e durante 2025.
Ainda assim, o executivo da Unipar acredita que a posição de liquidez, a geração de caixa e o modelo de negócio da companhia garantem segurança para que ela enfrente qualquer cenário. Ele salientou que, no mercado interno, a demanda está sólida e robusta.
“O crescimento do PIB de 1,4% no segundo trimestre confirmou aquilo que estávamos vendo no mercado”. No caso do PVC, o bom momento do setor de construção civil, grande mercado consumirodor do item, serviu de impulso.
Unipar (UNIP6) quer captar R$ 750 milhões com oferta de debêntures
A Unipar (UNIP6) planeja captar R$ 750 milhões por meio de uma oferta de debêntures. Conforme divulgado recentemente, a empresa retorna ao mercado quase um ano após uma operação de mesmo montante, mas que ofereceu uma remuneração mais alta.
Os recursos captados pela Unipar (UNIP6) serão destinados ao alongamento do prazo de dívidas, incluindo a possibilidade de pagamento antecipado de operações no mercado financeiro. O capital também deverá ser utilizado na gestão ordinária da organização, de acordo com as informações enviadas à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Os papéis serão divididos em três séries, com prazos de cinco, sete e dez anos. As taxas serão calculadas a partir do DI, com crescimento de 1,2% no caso da série mais curta, 1,35% na intermediária e 1,7% na mais longa.
Em outubro de 2023, a empresa captou o mesmo montante com prazo de sete anos e taxa equivalente a DI mais 2,05%, de acordo com o jornal “Valor”.