Dados do IPCA

Gasolina acumula alta de 3,84% após reajuste pela Petrobras (PETR4)

O comportamento da gasolina ficou descolado daquele observado pelo IPCA como um todo, que acumula alta de 0,36% em julho e agosto

Gasolina
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O preço da gasolina para o consumidor acumula alta de 3,84% nos meses de julho e agosto, segundo dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com o gerente da pesquisa, André Almeida, o reajuste no preço do combustível nas refinarias pela Petrobras (PETR4), em 9 de julho, pode estar relacionada à alta.

O comportamento da gasolina ficou descolado daquele observado pelo IPCA como um todo, que acumula alta de 0,36% em igual período.

Em julho, o preço da gasolina subiu 3,15%, seguido por alta de 0,67% em agosto. O IPCA, por sua vez, subiu 0,38% em julho e caiu 0,02% em agosto.

O desempenho da gasolina influenciou na inflação de preços administrados, que são aqueles com preços regulados por contratos ou por órgãos públicos.

A queda de 2,77% do preço da energia elétrica, porém, contrabalanceou essa influência e o resultado final foi de queda de 0,12% da inflação de administrados em agosto, após alta de 1,08% em julho.

Petróleo: volatilidade aumenta defasagem de preço da gasolina 

Num cenário de volatilidade dos preços do petróleo, analistas apontaram que a defasagem da gasolina em relação ao Brent e à gasolina internacional está crescendo.

Como efeito das variações do petróleo, a defasagem do preço da gasolina segue aumentando, ou seja, o espaço para queda nos preços na refinaria também está crescendo.

Segundo especialistas, a conta de defasagem aponta para um espaço de 11% de contração para a gasolina, considerando a média dos últimos 15 dias. Com isso, na ponta, a defasagem da gasolina em relação ao Brent representa uma contração de 13%, e em relação à gasolina internacional, uma queda de 6,9%.

Um consenso de especialistas ouvidos pelo “Suno” destacou que, em relação ao gás de cozinha, que ficaria mais caro a partir desta quarta-feira (4), as mudanças não são referentes às refinarias, como Acelen e Petrobras (PETR4), mas às distribuidoras, que estão repassando para o consumidor final o impacto da data-base do dissídio e a elevação dos custos operacionais para o produto.