O CPI (índice de preços ao consumidor) dos EUA subiu 0,2% em agosto, mesma variação observada em julho, indicou o Departamento do Trabalho norteamericano nesta quarta-feira (11). Em 12 meses, a inflação voltou a desacelerar, de 2,9% para 2,5%.
O dado de agosto veio dentro das expectativas do consenso LSEG de analistas, que projetava variação de +0,2% na leitura mensal. Em relação à projeção para a inflação anual, o resultado ficou levemente aquém do esperado (2,6%).
O núcleo da inflação, que desconsidera as variações de preços de alimentos e energia, deu uma leve acelerada e teve alta mensal de 0,3% em agosto, após subir 0,2% em julho. O avanço anual nessa leitura foi de 3,2%, o mesmo observado no mês anterior.
Ao BP Money, a economista Andressa Durão, do ASA, chamou atenção para o resultado acima do esperado do núcleo de inflação. Segundo ela, o dado reascende dúvidas sobre a velocidade com que a inflação retornará à meta.
Apesar disso, destacou Durão, o cenário de início de corte de juros já na próxima reunião do Fed (Federal Reserve) não deve ser alterado. “O Fed vai preferir inicar o ciclo com corte de 25bps e se mostrará aberto a acelerar o ritmo, a depender dos próximos dados, tanto de emprego quanto de inflação”, disse.
Mais dados do CPI dos EUA
No mês, o índice de preços de habitação (“shelter”) subiu 0,5%, no maior destaque de alta em agosto, acelerando ante os 0,4% de variação verificados em julho. Em 12 meses, esse indicador mostra alta de 5,2%.
Já os preços dos alimentos subiram 0,1% em agosto, após alta de 0,2% em julho. Em 12 meses, esses preços mostram avanço de 2,1%. A alimentação fora de casa subiu 0,3% na comparação mensal e alimentação no domicílio não teve variação em agosto.
Os preços de energia caíram 0,8% no mês, após estabilidade em julho, e estão 4% abaixo do verificado em agosto de 2023.