E a Vale?

Goldman Sachs corta projeção de preço para o minério de ferro

Após o minério de ferro atingir a mínima de quase dois anos, o Goldman Sachs agora espera que a commodity fique em US$ 85

Minério/ Foto: Freepik
Minério/ Foto: Freepik

O Goldman Sachs cortou suas estimativas de preço para o minério de ferro no quarto trimestre de 2024. O movimento da instituição pode impactar as ações da mineradora Vale (VALE3).

Após o minério de ferro atingir a mínima de quase dois anos, em torno de US$ 90, o Goldman Sachs agora espera que a commodity fique em US$ 85 no quarto trimestre de 2024, ante os US$ 100 da estimativa anterior.

A instituição destacou que os produtores de minério com custos mais elevados precisarão cortar a produção para reequilibrar o mercado, considerando que os estoques de commodity nos portos permanecem 30 milhões de toneladas acima da média.

“Para que isso aconteça, acreditamos que uma nova queda no preço do minério de ferro é necessária”, disse o relatório, de acordo com o “Suno”.

A revisão por parte da instituição acontece poucos dias após a Vale ter aumentado sua previsão de produção de minério de ferro em 2024 para a faixa entre 323 e 330 milhões de toneladas.

Petrobras (PETR4): Goldman Sachs reduz projeção para dividendos

O banco Goldman Sachs reduziu a projeção para os dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) referentes ao ano de 2024, diante da queda de 20% dos preços do petróleo desde junho.

O Goldman projeta agora US$ 6 bilhões (R$ 33,9 bilhões), contra estimativa anterior de R$ 7 bilhões (R$ 39,5 bilhões).

O banco também cortou o preço alvo das ações da Petrobras: a PETR3 passou de R$ 53 para R$ 43,40, enquanto a PETR4 foi de R$ 48 para R$ 39,40.

As ações da empresa apresentam queda nas negociações em Bolsa nesta quinta-feira (12), sendo um dos motivos a revisão pelo banco americano. Por volta das 12h40 (horário de Brasília), os papéis PETR4 caíam 0,83%, a R$ 36,98, enquanto as ações PETR3 perdiam 0,98%, a R$ 40,57.

Os analistas do banco consideram a faixa de US$ 70 o barril de petróleo para seus cálculos. Eles citam a fraca demanda da China, a produção mais forte do que o esperado nos EUA e os estoques positivos da OCDE como detratores da cotação da commodity.