Pela primeira vez des junho a confiança dos investidores globais melhorou, em setembro, isto por conta do otimismo com a possibilidade de cortes na taxa de juros dos EUA pelo Fed (Federal Reserve), indicou uma pesquisa do BofA (Bank of America) com gerentes de fundos publicada nesta terça-feira (17).
A pesquisa aponta também que as alocações em dinheiro caíram para 4,2%, pois os investidores estão migrando de ativos cíclicos para ativos sensíveis a títulos. Com isso, as alocações em serviços públicos chegaram ao nível mais alto desde 2008.
Por outro lado, a exposição à commodities despencou para uma mínima de sete anos, indicou o levantamento do BofA, de acordo com a “CNN Brasil”.
Os investidores aumentaram as apostas em um corte grande na taxa de juros dos EUA na reunião que o Fed realizará na quarta-feira (18), por conta dos sinais de desaceleração no mercado de trabalho do país e uma deterioração em outras métricas econômicas.
As ações atingiram máximas recordes enquanto os preços dos títulos de renda fixa também tiveram avanço forte, isto ao passo que os investidores precificaram a perspectiva de alívio de vários anos de taxas de juros elevadas.
“52% dos investidores da pesquisa com gestores de fundos acreditam que não haverá recessão para a economia dos EUA nos próximos 18 meses”, disse o BofA.
Conforme a pesquisa seis a cada dez entrevistados acreditavam que os juros são muito restritivos, marcando um recorde de 16 anos.
O levantamento do BofA abrangeu o período de 6 a 12 de setembro e teve 243 entrevistados com US$ 666 bilhões em ativos sob gestão.
BofA revisa projeção e espera Selic em 12% em janeiro
A projeção da Selic (taxa básica de juros) para o curto prazo foi revisada pelo BofA (Bank of America), que agora espera uma alta de 0,25 ponto percentual (p.p.) já na próxima semana.
Além desse avanço, o BofA também estima que o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central), realize novos incrementos à Selic nas reuniões de novembro e dezembro, em 0,5 p.p. em ambas, seguida de uma elevação de 0,25 p.p em janeiro, o que levaria a Selic para 12% em 2025.
Para a equipe do banco, comandada pelo chefe de economia para Brasil e de estratégia para América Latina do BofA, David Beker, há quatro razões que sustentam a expectativa atual de elevação da taxa de juros no Brasil.