A equipe de analistas do Itaú BBA, em relatório divulgado nesta quarta-feira (18), apontou que as empresas ligadas ao setor de transmissão de energia seguem como boas pagadoras de dividendos e têm boas perspectivas operacionais.
A nova preferida do Itaú BBA no segmento é a Isa Cteep (TRPL4). O banco vê expansão orgânica de projetos da empresa.
Além disso, após a venda da participação da Eletrobras (ELET3) as ações devem ter maior liquidez e rigidez em investimentos ao anunciar que não participará do leilão.
Enquanto isso, a Alupar (ALUP11) é a melhor pagadora de dividendos do setor, de acordo com o Itaú BBA, com taxa interna de retorno real atrativa e histórico comprovado de alocação de capital.
Já Taesa (TAEE11) tem as ações com múltiplos esticados, reduzindo sua atratividade mesmo com bons dividendos, consta no relatório, segundo o “Valor”.
O Itaú BBA elevou a recomendação de Isa Cteep, que saiu de neutra para compra, junto com o preço-alvo, que saiu de R$ 26,50 para R$ 31,50, o que representa um potencial de alta de 27,8% sobre o fechamento de terça-feira (17).
O preço-alvo da Alupar também foi elevado de R$ 37,50 para R$ 42,70, um potencial de alta de 35,9%, e o BBA reiterou a recomendação de compra da ação.
Já no caso de Taesa, o banco elevou o preço-alvo de R$ 36,70 para R$ 37,50, potencial de alta de 8,2%, com recomendação neutra.
Itaú BBA vê Brasil descontado, com retorno superior
O Itaú BBA realizou uma análise dos indicadores para identificar tendências na Bolsa brasileira, comparando-a com outros mercados emergentes e com o dos EUA.
O estudo apontou que o Brasil está mais desvalorizado em relação à sua média histórica, enquanto apresenta um perfil de retorno superior aos mercados avaliados, além de um crescimento de lucros equivalente.
O Itaú BBA também destacou que o momentum do mercado brasileiro, que mede a força das variações nos preços das ações, está sendo negociado com uma avaliação absoluta inferior e com um maior desconto.
Isso oferece retornos mais atrativos em comparação aos demais mercados emergentes, mesmo com um crescimento de lucros mais lento.
Ao avaliar o desempenho de longo prazo dos Fatores Brasil, o Itaú BBA observa que os fatores momentum e valor têm se destacado, registrando um crescimento acumulado de 340% e 283%, respectivamente, desde 2003.
Em análises de períodos mais curtos, o fator valor destacou-se significativamente na última década, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 12%. Além disso, foi o único fator a apresentar uma CAGR positiva nos últimos 5 anos.