O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) aumentou, novamente, a sua projeção para o crescimento da carga de energia no Brasil em setembro. O órgão também estimou um nível menor para os principais reservatórios de hidrelétricas no final deste mês. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (20).
De acordo com o boletim da ONS, a carga de energia no SIN (Sistema Interligado Nacional) deve crescer 3,9% este mês, ante o mesmo período em 2023, para 80.215 megawatts médios. A projeção anterior era para crescimento de 3,2%.
Já para os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, principais subsistema para armazenamento, a projeção é para uma capacidade de 46,6% ao final de setembro. O percentual fica um pouco abaixo dos 46,9% estimados há uma semana, de acordo com o “InfoMoney”.
Mesmo que ainda estejam em níveos superiores aos registrados na última crise hídrica em 2021 (16%), os lagos das hidrelétricas são um ponto de preocupação para próximos meses, pela condição de seca em 2024.
Para setembro, a perspectiva de afluência é para que ainda permaneçam em níveis abaixo da média histórica em todas as regiões do Brasil.
Silveira pede plano de contingência para o ONS
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou nesta terça-feira (3) que o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) desenvolva um plano de contingência capaz de garantir a segurança energética no Brasil até 2026.
O pedido foi realizado durante o encontro preparatório da 295ª reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico). Durante a reunião, Silveira reforçou a necessidade de acionar as termelétricas devido ao período de seca observado nos últimos meses.
“A seca acima da média, que vem castigando diversas regiões do país, tem exigido de nós, gestores do setor elétrico, que tomemos medidas urgentes. A segurança energética do Brasil é uma prioridade do governo Lula”, disse o ministro, de acordo com o “InfoMoney”.
Entre junho e agosto de 2024, foi registrado o menor volume de chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste nos últimos 94 anos. Com o quadro sendo agravado nos reservatórios devido à seca, a expectativa é de um acionamento de 70% a 80% das termelétricas para assegurar a oferta de energia.