A diretora do Fed (Federal Reserve), banco central dos EUA, Michelle Bowman, declarou nesta sexta-feira (20) que discorda do corte de 0,50 p.p (ponto percentual) na taxa de juros norte-americana porque a inflação continua acima a meta de 2%. A diretora votou pelo corte de 0,25 p.p na quarta-feira (18).
O receio Bowman foi que o público interpretasse de forma equivocada o ajuste maior como “uma declaração prematura de vitória [do Fed]”.
A economia e o mercado de trabalho dos EUA seguem fortes, de acordo com o comunicado da diretora. Mas “os preços do núcleo do índice PCE ainda estão subindo mais do que 2,5% em relação aos 12 meses anteriores”. A informação foi coletada pelo InfoMoney .
O núcleo de exclusão dos componentes de alimentos e energia, que geralmente enfrenta volatilidade em uma base mensal e não reflete as tendências subjacentes aos preços.
“Ainda não atingimos nossa meta de inflação”, afirmou a diretora. “Acredito que avançar em um ritmo moderado em direção a uma postura de política monetária mais neutra vai garantir mais progresso na redução da inflação para nossa meta de 2%. Essa abordagem também evitaria estimular desnecessariamente a demanda”, completou.
Yellen vê decisão do Fed como positiva, mesmo com taxas restritivas
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, declarou nesta quinta-feira (19) que viu a decisão do Fed (Federal Reserve), o Banco Central norte-americano, de cortar os juros do país em 0,50 p.p. (ponto percentual) como um sinal muito positivo em relação ao momento da economia norte-americana.
Segundo Yellen, o movimento mostra que o Fed está confiante de que a inflação está recuando bastante, indo em direção à meta de 2%.
“Ao mesmo tempo, temos um mercado de trabalho que permanece forte. Então, essa decisão significa ajustar uma política monetária que vinha sendo restritiva para preservar a força do mercado de trabalho”, declarou Yellen.