Geraldo Alckmin (PSB), presidente em exercício, lançou, nesta segunda-feira (23), a terceira fase do novo programa do governo, Brasil Mais Produtivo. O objetivo é apoiar micro, pequenas e médias empresas em ações de transformação digital.
O lançamento das chamadas de projetos do Smart Factory, iniciativa de impulso ao desenvolvimento de novas tecnologias na resolução de problemas com a produtividade, estão entre as novidades desta terceira fase.
O governo indicou que são cerca de 8.400 empresas beneficiadas e R$ 160 milhões investidos, provenientes de parceria entre a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Serão selecionados 360 projetos de inovação. Desses, cada um receberá apoio técnico e financeiro para o desenvolvimento e implementação da tecnologia nas micro, pequenas e médias empresas.
Ao final da etapa a ideia do governo é que as empresas estejam com um maior nível de digitalização, com uso de sensores digitais na linha de produção, interligação de sistemas por computação em nuvens, utilização de Big Data, IoT (internet das coisas), impressão 3D e inteligência artificial, de acordo com a “CNN Brasil”.
O serviço de consultoria em transformação digital para médias empresas industriais é outra novidade da nova etapa do programa. Elas serão iniciadas ainda neste ano, com expectativa de realização de 1,2 atendimentos até 2027.
O governo afirmou que na avaliação do nível de digitalização das empresas será utilizada a ferramenta Smart Industry Readiness Index, que identifica pontos de melhoria e que precisam de investimentos tecnológicos.
As empresas participantes terão acesso facilitado a linhas de financiamento do BNDES e FINEP com taxas de juros menores.
Governo usará mais de R$ 500 mi fora da meta contra incêndios
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destinará, inicialmente, mais de R$ 500 milhões fora da meta fiscal deste ano para enfrentar incêndios em todo o país. Conforme apurado pelo Poder360, a medida provisória que autoriza o crédito extraordinário deve ser divulgada ainda nesta terça-feira (17).
O montante inicial está previsto para ser inferior a R$ 1 bilhão, podendo ser ajustado para cima no futuro.
No domingo (15), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino concedeu autorização ao governo federal para criar um crédito extraordinário destinado ao combate de incêndios e secas no Pantanal e na Amazônia, sem prejudicar o novo marco fiscal.
Na prática, a Corte autorizou a equipe de Lula a encaminhar uma Medida Provisória (MP) ao Congresso para implementar essa medida. Uma ação semelhante havia sido tomada durante o auge das enchentes no Rio Grande do Sul.
Meta orçamentária
Para 2024, a meta do governo é eliminar o déficit primário das contas públicas, o que significa que as receitas devem igualar as despesas. Nesse contexto, a decisão de Dino contribui para que a equipe econômica alcance essa meta, mesmo com a ampliação dos gastos para medidas emergenciais.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou não ter conhecimento do valor necessário para as medidas de combate aos incêndios. “O valor do crédito extraordinário ainda não chegou aqui”, declarou Haddad.
Quando questionado sobre a autorização do crédito, ele respondeu: “Se houver uma solicitação, sim, não vou deixar o combate aos incêndios sem apoio.” Ele acrescentou: “Assim que o valor chegar, será processado em 24 horas.