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Haddad: crescimento não deve ser 'nem acima, nem abaixo da média mundial'

"Não vejo razão para o Brasil crescer nem muito acima, nem muito abaixo da média mundial”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)

Fernando Haddad, ministro da Fazenda/ Foto: Reprodução
Fernando Haddad, ministro da Fazenda/ Foto: Reprodução

“Não vejo razão para o Brasil crescer nem muito acima, nem muito abaixo da média mundial”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). A afirmação foi feita quarta-feira (25), durante o encerramento da Safra Brazil Conference 2024.

Em seu discurso, Haddad destacou que acredita que o Brasil possui todas as condições para que a economia cresça acima dos 2,5% durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Na média, deve dar mais de 2,5%.”

“Estamos em um momento curioso, que é um momento de otimismo para a economia brasileira, sobretudo no mundo”, disse o ministro ao comentar sobre as revisões das notas de crédito que o país está recebendo de várias agências de risco.

“Há uma expectativa sólida e bem fundamentada de que isso continuará acontecendo no próximo ano”, afirmou.

Haddad diz que a questão climática preocupa e fala de crescimento acima do projetado

“A questão climática é um desafio, mas estamos tomando medidas preventivas para que essas questões sejam resolvidas com o menor custo possível”, afirmou o ministro.

Na sequência, ele voltou a falar da atividade econômica. “Por um lado, você tem um crescimento muito acima do projetado e uma inflação que está em declínio e continuará em declínio.”

“Nós começamos uma revisão de gastos. Em fevereiro, iniciou-se um diagnóstico e, entre julho e agosto, o presidente autorizou o corte no orçamento para o ano que vem”, pontuou Haddad.

Em seu entendimento, a economia brasileira está caminhando para uma melhoria significativa em relação aos governos anteriores.

Haddad: ‘Não dá para antecipar o que o BC fará’, sobre Selic

ministro da FazendaFernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (24) que é incerto prever os próximos movimentos do Banco Central em relação à política monetária, destacando que o papel central da autarquia é o controle da inflação.

Ele expressou ainda sua expectativa de que o Brasil consiga retomar uma trajetória de crescimento sustentável, alinhada a uma política monetária mais favorável no futuro.

“Não dá para prever neste momento o que vai acontecer (com os juros no Brasil). As coisas estão voltando ao normal, na minha opinião. As taxas de juros fora (no exterior) tendem a se comportar melhor para fins domésticos, e a economia chinesa reaquecendo também é muito favorável ao Brasil”, disse Haddad a jornalistas, em Nova York.