O BC (Banco Central) constatou que a economia continua a se expandir de forma robusta, com um mercado de trabalho que permanece dinâmico. No Relatório de Inflação divulgado nesta quinta-feira, a autarquia monetária enfatizou um crescimento de 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre, superando as projeções.
O relatório identificou três fatores principais que contribuíram para o aumento do PIB nesse período: a elevação do consumo das famílias, o aumento dos investimentos e o desempenho positivo dos setores mais cíclicos.
O documento ressalta que os dois primeiros fatores são componentes cruciais da demanda final. Além disso, a surpresa favorável nos dados econômicos também se deve ao impacto “menor do que o esperado” das inundações no Rio Grande do Sul sobre a atividade econômica.
Expectativa de desaceleração econômica para 2024 e 2025
Apesar do bom desempenho observado, o relatório indica uma expectativa de desaceleração no crescimento da atividade econômica para a segunda metade de 2024 e para 2025.
“Contribuem para a desaceleração esperada a expectativa de menor estímulo fiscal, a interrupção da flexibilização monetária iniciada em 2023 e o nível já reduzido da ociosidade dos fatores de produção.”
Apesar do bom desempenho observado, o relatório indica uma expectativa de desaceleração no crescimento da atividade econômica para a segunda metade de 2024 e para 2025.
O Banco Central (BC) também aponta que os indicadores mensais sugerem um crescimento reduzido no terceiro trimestre.
O documento menciona que o comércio ampliado, excluindo o setor atacadista de alimentos, manteve-se estável em julho, enquanto a indústria apresentou um recuo. Em contrapartida, o volume de serviços teve um aumento.
O BC esclareceu que parte desse crescimento no setor de serviços se deve à correção de dados relacionados à publicidade. Além disso, o relatório destaca uma queda de 0,4% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em julho, que reverteu parte do aumento de 1,4% registrado no mês anterior.