Setor de energia

XP rebaixa Cemig (CMIG4) a 'neutro' e reitera compra pra Copel (CPLE6)

Segundo os analistas, na Cemig, após ganhos elevados da ação desde o início de 2024, o momento é de uma abordagem mais cautelosa

Cemig
Foto: Divulgação

A XP reiterou a recomendação de compra para a Copel (CPLE6) e rebaixou a Cemig (CMIG4) para neutra.

Segundo os analistas, a Copel (CPLE6) avançou substancialmente desde sua privatização, no ano passado. Na Cemig (CMIG4), por outro lado, após ganhos elevados da ação desde o início de 2024, o momento é de uma abordagem mais cautelosa.

“No caso de Cemig, não teve nenhum problema específico com a empresa. Inclusive, a parte de dividendos, que é um grande atrativo, a gente permanece vendo que a empresa vai pagar um bom yield (rendimento) nos próximos anos. É mais a questão da performance do papel em si”, explicou Vladimir Pinto, head de energia da XP.

“A gente viu que a ação subiu mais de 40% desde o início do ano, enquanto o Ibovespa subiu muito pouco e o índice do setor elétrico até caiu”, acrescentou.

Mas a casa afirma que embora veja “melhorias adicionais esperadas no futuro”, resolveu assumir “uma abordagem mais conservadora para o próximo plano de vendas de ativos”.

O documento acrescenta que, em relação às discussões sobre federalização, “embora a vejamos como um resultado improvável, aumenta a incerteza para o caso e a volatilidade para as ações”.

A XP também vê como improvável a privatização da companhia no atual cenário político.

XP eleva BLAU3 para compra e rebaixa VVEO3 por estar ‘pressionada’

O heade de cobertura do setor de saúde da XP, Rafael Barros, declarou nesta terça-feira (24) que acredita que o segmento de saúde enfrenta alguns desafios no curto prazo para as companhias sob sua cobertura.

“A gente vê as clínicas e hospitais instruídos sobre seus fornecedores por melhores preços e condições. Isso acaba impactando os resultados da Blau (BLAU3) e da Viveo (VVEO3), que são alguns dos fornecedores dessas clínicas e hospitais”, disse o analista da XP, de acordo com o “InfoMoney”.

Segundo Barros, houve um período bastante difícil para a Blau Farmacêutica (BLAU3) após a sua abertura de capital, quando abordaram algumas questões regulatórias que afetavam a sua capacidade de ser competitiva em licitações públicas.

“Esse problema parece ter sido resolvido, e a empresa vem mostrando bons resultados há alguns trimestres. Estamos monitorando melhorias de lucros com investimentos e parcerias”, explicou.

Com isso, a XP mudou a recomendação de neutra para compra para os papéis da Blau, com preço-alvo de R$ 18,20 por ação.

Já na relação com a Viveo (VVEO3), ele entende que a parte operacional da companhia está “bastante pressionada”. “Além disso, a geração de caixa ficou muito aquém do esperado, e o endividamento da empresa aumentou consideravelmente”, disse ele.