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Déficit primário em agosto é de R$ 21,4 bi

Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$ 256,3 bilhões, equivalente a 2,26% do PIB

Déficit primário
Déficit primário / Foto: Freepick

O setor público consolidado apresentou um déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto, resultado inferior ao saldo negativo de R$ 22,8 bilhões registrado no mesmo período de 2023, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central do Brasil.

Nos últimos doze meses, o setor público consolidado registrou um déficit de R$ 256,3 bilhões, equivalente a 2,26% do PIB, representando uma redução de 0,03 ponto percentual em comparação ao déficit acumulado até julho.

Dívida líquida e bruta

A Dívida Líquida do Setor Público alcançou 62,0% do PIB, equivalente a R$ 7,0 trilhões, em agosto, registrando um aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao PIB no período.

Esse resultado foi influenciado principalmente pelos impactos dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.), pelo déficit primário (+0,2 p.p.), pela variação negativa do PIB nominal (-0,4 p.p.) e pelos demais ajustes relacionados à dívida externa líquida (-0,2 p.p.).

Ao longo do ano, a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) aumentou em 1,1 ponto percentual do PIB, impulsionada principalmente pelos impactos dos juros nominais (+5,3 p.p.), do déficit primário (+0,8 p.p.), e do reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.).

Por outro lado, o crescimento do PIB nominal (-2,5 p.p.), a desvalorização cambial de 16,8% acumulada no ano (-1,8 p.p.), os ajustes relacionados à dívida externa líquida (-0,5 p.p.) e o ajuste referente a privatizações (-0,3 p.p.) atuaram na redução desse índice.

Déficit primário atinge R$ 21,3 bi em julho, diz BC 

O setor público consolidado encerrou julho com um déficit primário de R$ 21,348 bilhões, segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta sexta-feira (30). No mesmo mês do ano passado, a insuficiência havia sido maior, totalizando R$ 35,809 bilhões. 

O levantamento do setor público consolidado inclui dados do governo central (que abrange a Previdência, o Tesouro Nacional e o próprio BC), além de Estados, municípios e estatais, excluindo empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, bem como bancos públicos como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. 

O déficit registrado em julho foi composto por um saldo negativo de R$ 8,618 bilhões do governo central, R$ 11,038 bilhões de Estados e municípios, e R$ 1,692 bilhão das estatais.