O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (30) com queda de 0,69%, aos 131.816,44 pontos. O dólar comercial subiu 0,19%, a R$ 5,44.
O Ibovespa enfrentou uma sessão volátil no último pregão do mês de setembro. Os investidores seguiram atentos ao cenário local, com temas como o risco fiscal e o aquecimento da economia brasileira sendo foco de atenção. Já no exterior, os próximos cortes de juros pelo Fed ocupou os holofotes.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, teve alta de 0,39%, a US$ 100,78.
O Ibovespa começou a sessão em alta, ainda repercutindo o pacote de estímulos ao mercado imobiliário que o governo da China anunciou na semana passada e impulsionou as ações de mineradoras.
No entanto, o índice virou para perdas ao passo que o BC (Banco Central) revelou que o setor público consolidado apresentou um déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto, resultado inferior ao saldo negativo de R$ 22,8 bilhões registrado no mesmo período de 2023.
“Além disso, também tivemos aumento de projeção para o PIB de 2025 em 1,92%, o que demonstra que o banco central está preocupado com a atividade econômica do país que continua crescente, e que somente as medidas de política monetária não estão sendo suficientes para puxar a inflação pra baixo pressionando assim o governo”, afirmou Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.
No exterior, os conflitos no Oriente Médio estão ameaçando a produção de petróleo, sendo assim, os preços internacionais da commodity tiveram leves quedas.
Já nos EUA a expectativa é de que o Fed (Federal Reserve) siga cortando os juros. Isto porque o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, afirmou, nesta sgeunda-feira, que a economia do país deve apresentar uma desaceleração contínua da inflação.
“Os índices do mercado trabalho tem sido mais decisivos do que a própria inflação para o Fed, referente a futuros cortes de juros”, indicou Mendonça.
O Relatório Focus do BC mostrou que o consenso de economistas aumentou novamente as estimativas para a Selic (taxa básica de juros) este ano, chegando a 11,75%.
As estimativas para o IPCA (índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2024 seguiu em 4,37%, ao passo que para o PIB (Produto Interno Bruto) a espectativa também se manteve em 3,00%.
A Azul (AZUL4) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 4,87%. Logo atrás, Vamos (VAMO3) e JBS (JBSS3) registraram altas de 1,69% e 1,67%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Assai (ASAI3) liderou as perdas, caindo 8,00%. Em seguida, vieram Magalu (MGLU3) e WEG (WEGE3), com perdas de 3,00% e 2,82%.
Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) engatam perdas
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,63% e 0,28%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,57%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,70%. Gerdau (GGBR4) registrou alt53a de 0,%. Usiminas (USIM5) equilibrou em 0,00%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixas de 1,77% e 0,26%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 1,61% e 1,01%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu %. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 9,51%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 4,08%.
Índices do exterior fecharam em direções opostas
Os principais índices europeus tiveram desempenhos negativos nesta segunda-feira (30). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,69%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 2,00%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,95%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,42% e 0,38%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,04%.