O presidente do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, Jerome Powell, declarou na tarde desta segunda-feira (30) que a autoridade monetária não tem pressa em cortar os juros. A fala não teve efeito positivo no humor dos investidores, que apostaram em um ritmo mais rápido de flexibilização monetária no país norte-americano.
Após as falas de Powell, as bolsas em Nova York ampliaram as perdas, enquanto no Brasil o Ibovespa acelerou a contração, e o dólar e os juros futuros passaram a subir ainda mais.
Ele destacou que a recente decisão de cortar os juros em 0,50 p.p. (ponto percentual), para a faixa de 4,75% a 5,00% ao ano, “reflete maior confiança de que, com a recalibragem da política monetária, manteremos um mercado de trabalho forte e inflação perto da meta.”
Além disso, ele acrescentou, segundo o “Valor”, que “tem confiança de que a inflação está na meta de 2%” ao ano e que “não precisamos mais do enfraquecimento do mercado de trabalho para atingir a meta”.
Powell diz que decisão não representa ‘novo ritmo de cortes’
A decisão de um corte na taxa de juros de 0,50 p.p, pelo Fed (Federal Reserve), divulgada nesta quarta-feira (18), não surpreendeu os mercados. Após o anúncio ocorreu a coletiva de imprensa com o presidente da autarquia, Jerome Powell. Ele destacou que a decisão não deve ditar o ritmo atual da entidade.
“Ninguém deve olhar a decisão de hoje e pensar que esse é o novo ritmo de cortes”, disse Powell.
Na perspectiva do coordenador da Comissão de Economia da APIMEC Brasil, Álvaro Bandeira, o corte “afasta um pouco a possibilidade de um pouso mais forte da economia [do país]”.
O coordenador da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Brasil também acrescentou que o Fed segue “batendo na tecla” de que está monitorando o fato de que a inflação está subindo em direção à meta de 2%.
A afirmação do especialista foi alinhada às palavras de Powell. “Agora, a inflação está caindo e caindo para os 2%”, disse a autoridade em coletiva de imprensa.