O CEO da BlackRock, Larry Fink, disse não acreditar que o Fed (Federal Reserve) realizará tantos cortes de juros como tem precificado o mercado, visto que a economia dos EUA continua crescendo.
“A quantidade de afrouxamento que está na curva futura é uma loucura. Acredito que há espaço para flexibilizar mais, mas não tanto quanto a curva futura indica”, afirmou Fink em entrevista à Bloomberg.
O mercado tem sugerido um terço de chances de outro corte de 0,50 p.p em novembro. As expectativas são de cerca de 190 pontos-base de flexibilização até o final do ano que vem. Segundo Fink, é difícil ver isso se materializando, já que a maioria das políticas governamentais no momento são mais inflacionárias do que deflacionárias.
O presidente do Fed, Jerome Powell, disse na segunda-feira que o banco central reduzirá as taxas de juros “ao longo do tempo” e enfatizou que a economia geral dos EUA permanece em bases sólidas. Ele também reiterou sua confiança de que a inflação continuará se movendo em direção à meta de 2%.
“Há segmentos da economia que estão lutando. Há segmentos da economia que estão indo muito bem”, disse Fink. “Passamos muito tempo focando nos segmentos que estão indo mal.”
O CEO da BlackRock também disse que, apesar das avaliações de ativos e de alguns problemas geopolíticos, o mercado não está enfrentando nenhum risco sistêmico real e vê os lucros corporativos continuando a se sair bem.
“Eu diria hoje que, por causa da expansão dos mercados de capital globais, estamos difundindo mais risco do que nunca”, disse ele. “Na verdade, há menos risco sistêmico hoje do que nunca”, destacou o CEO da BlackRock.
BlackRock anuncia novo CEO no Brasil
Quatro meses após a saída de Karina Saade da presidência executiva da BlackRock no Brasil, a gestora anunciou, nesta segunda-feira (30), a nomeação de Bruno Barino para assumir o cargo.
Barino teve uma trajetória profissional em posições de liderança no UBS, HSBC dos EUA e HSBC Brasil. Sua carreira é caracterizada por estratégias de crescimento orgânico, além de parcerias e fusões e aquisições no setor financeiro.
Na BlackRock, ele assume a missão de impulsionar o crescimento da empresa no mercado local, conforme destacou Aitor Jauregui, diretor para a América Latina.
“A chegada de Bruno reforça o compromisso da BlackRock com o Brasil e destaca a relevância estratégica de contar com operações locais sólidas à medida que expandimos nossa presença na América Latina”, diz Jauregui.
Saade esteve na BlackRock por 17 anos, tendo assumido a posição de CEO em julho de 2021, após a saída de Carlos Takahashi, que atualmente ocupa o cargo de chairman da empresa.