Preços ao Consumidor

IPC-S acelera para 0,63% no fim de setembro, puxado por conta de luz

Com isso, o IPC-S acumula alta de 4,55% nos últimos 12 meses

IPC-S
Foto: Freepik

IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) teve uma nova aceleração, alcançando 0,63% na última medição da inflação de setembro, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas). A leitura anterior havia sido de 0,44%.

Com isso, o indicador acumula alta de 4,55% nos últimos 12 meses.

A maior contribuição para o resultado do IPC-S no mês partiu do grupo Habitação, cuja taxa passou de 1,15%, na terceira quadrissemana de setembro, para 1,72% na quarta quadrissemana.

Nesta classe de despesa, o destaque foi o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cujo preço variou 7,04%, ante 4,31% na edição anterior do IPC-S.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (de 1,04% para 1,51%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,26% para 0,37%), Despesas Diversas (de 1,56% para 1,85%), Comunicação (de 0,06% para 0,31%), Alimentação (de -0,02% para +0,04%) e Vestuário (de -0,12% para -0,09%).

Nestas classes de despesa, os destaques foram os itens: passagem aérea (de 5,60% para 8,78%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,12% para 0,35%), cigarros (de 5,92% para 8,30%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -0,39% para 0,00%), hortaliças e legumes (de -11,45% para -9,56%) e tecidos (de -0,33% para 0,12%).

Em contrapartida, o grupo Transportes (-0,14% para -0,32%) apresentou recuo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, vale citar o item gasolina (-0,50% para -0,96%).

IPCA-15 recua para 0,13% em setembro, abaixo do esperado

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação brasileira, desacelerou para 0,13% em setembro, após registrar taxa de 0,19% em agosto, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (25).

Com isso, o IPCA-15 acumula, no ano, alta de 3,15%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, a taxa foi de 0,35%.

Os dados de setembro vieram abaixo do consenso LSEG de analistas, que previam inflação mensal acelerando para 0,30% e taxa anualizada de 4,30%.

A maior variação e o maior impacto vieram do grupo Habitação, puxado pela energia elétrica residencial (de -0,42% em agosto para 0,84% em setembro). Em 1º de setembro, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1.