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Petróleo avança com possível ataque do Irã a Israel

O conflito poderá interromper parte importante da produção, deixando a commodity mais escassa

Petróleo
Petróleo / Foto: Canva

Os preços dos contratos futuros de petróleo recuperaram as perdas anteriores e registraram uma alta superior a 2%, impulsionados por informações de que o Irã está se preparando para lançar um míssil contra Israel e se envolver no conflito no Oriente Médio, uma situação que pode impactar a produção da commodity.

Por volta das 13h50, o petróleo Brent (tipo vendido pela Petrobras) para dezembro avançava 2,75% a US$ 73,65 por barril na Intercontinental Exchance (ICE), e o petróleo WTI para novembro tinha alta de 2,89% a US$ 70,14 na New York Mercantile Exchange (NYmex). 

De acordo com agências internacionais de notícias, os EUA suspeitam que o Irã esteja se preparando para um ataque iminente com mísseis direcionados a Israel.

“O Irã, que apoia o Hezbollah no Líbano financeira e militarmente, até agora evitou anunciar um ataque retaliatório”, diz o analista de commodities do Commerzbank, Carsten Fritsch. Segundo ele, um confronto direto entre Irã e Israel deve ter impactos no fornecimento de petróleo.

Oriente Médio: conflitos devem pesar na Bolsa, apesar de alta no petróleo 

Na escalada dos ataques bélicos que tomam conta de alguns países do Oriente Médio, há um contraste que, de forma indesejável, revela que os danos da guerra também refletem em ganhos e perdas para a Bolsa brasileira, sendo o segmento de petróleo o mais afetado. 

O conflito armado que se estende na região tomou conta do Líbano na semana passada, quando pagers e walkie-talkies do Hezbollah explodiram simultaneamente em redutos do movimento no país. A ação foi atrelada à Israel e o Mossad, seu serviço de inteligência, que desde então tem lançado bombardeios à capital libanesa, Beirute. 

Especialistas consultados pelo BP Money explicaram que esse novo foco de conflito no Oriente Médio, junto à instabilidade geopolítica, gera um temor de que os países produtores e os navios transportadores de petróleo sejam afetados, o que leva a oscilações nos preços da commodity. 

Apesar de, em primeira análise, os conflitos no Oriente Médio inclinarem essa oscilação dos preços para uma alta, o que beneficia as petroleiras, sobretudo a Petrobras (PETR4), maior empresa do setor no Brasil, em um cenário mais amplo essas guerras podem afugentar os investimentos da B3.