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Tesouro Direto: taxas derrapam, após avaliação da Moody's ao Brasil

Entre os títulos do Tesouro ligados à inflação, os que fazem pagamento acima dos 6% são recomendados pelos analistas

Cédulas de real
Cédulas de real / Foto: Pixabay

As negociações do Tesouro Direto foram suspensas na terça-feira (1º), devido à greve dos servidores do Tesouro Nacional. Na volta das operações nesta quarta-feira (2) os juros oferecidos pelos títulos públicos pagam menos em comparação com a sessão anterior.

Os papéis operavam em forte queda por volta das 13h, mas seguem atrativos. Entre os títulos ligados à inflação, os que fazem pagamento acima dos 6% são recomendados pelos analistas, que ressaltam também a função de proteção da carteira contra o aumento dos preços, segundo o “Valor”.

As taxas estão seguindo o movimento dos juros futuros, o recuo da curva está acentuada após a repercução da elevação do rating do Brasil pela Moody’s, de “Ba2” para “Ba1”, com perspectiva positiva.

A avaliação da agência de risco indica que que o prêmio de risco sofreu uma redução por parte do mercado.

O fato das taxas e preços dos títulos serem inversamente proporcionais significa que quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa, isto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa.

Tesouro Direto: taxas caem após ‘prévia da inflação’

As vendas no Tesouro Direto estão operando com taxas em queda nesta quarta-feira (25). O movimento decorre da análise que o mercado faz sobre o IPCA-15, considerada a prévia da inflação, que veio menor que as expectativas.

Por conta do resultado desse indicador, o mercado recuou na percepção entre de que o Banco Central precisará acelerar o ciclo de elevação da Selic (taxa básica de juros), iniciado na semana passada, o que contribui para a retirada de prêmio no Tesouro Direto.

Nesta sessão, por volta das 12h30, os papéis ligados à inflação pagavam menos em comparação ao último pregão, de segunda-feira (23).

O Tesouro IPCA 2029, que no começo da semana oferecia um retorno real de 6,76%, agora oferece 6,52% ao ano, de acordo com o “Valor”. Já na linha dos prefixados, o papel com prazo para 2031 oferecia mais de 12% ao ano.

A relação é inversamente proporcial entre taxas e preços dos títulos, portanto, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa.