O JPMorgan divulgou um alerta sobre a Tesla (TSLA) em uma nota publicada nesta quinta-feira (3), revisando seu preço-alvo e sinalizando um potencial de queda considerável para as ações da empresa.
O banco manteve uma classificação de “underweight” para as ações da Tesla, elevando seu preço-alvo de US$ 115 para US$ 130. As ações da empresa encerraram a sessão de quarta-feira cotadas a US$ 249,02.
“As ações da TSLA caíram -3,5% na quarta-feira em relação ao S&P 500 flat, ostensivamente após a divulgação dos números de vendas e produção, indicando que as entregas globais do 3T rastrearam modestamente menos do que nossa estimativa e em linha com o consenso da Bloomberg, mas, a partir de nossas conversas, podem ter representado mais uma falha em relação às expectativas dos investidores”, disse o JPMorgan.
O banco alertou que a empresa pode enfrentar seu primeiro declínio anual em volumes unitários, o que poderia prejudicar sua avaliação como uma companhia de hipercrescimento. As entregas da Tesla no terceiro trimestre de 2024 totalizaram 464.000 unidades, ficando ligeiramente abaixo da estimativa do JPMorgan, mas alinhando-se com o consenso da Bloomberg.
Contudo, os analistas acreditam que esse desempenho pode não ter atendido às expectativas mais amplas dos investidores.
“A tendência contínua mais suave agora parece posicionar a Tesla para potencialmente não aumentar os volumes de unidades para o ano inteiro pela primeira vez em sua história”, afirmou o JPMorgan, acrescentando que isso poderia levar mais investidores a reavaliar o status de estoque de crescimento da empresa.
Projeção para Tesla
Além disso, os analistas ressaltaram que o lucro da Tesla antes de juros e impostos (EBIT) para 2024 deve totalizar US$ 7,3 bilhões, representando uma queda significativa de 74% em comparação com os US$ 28 bilhões previstos há dois anos para o mesmo período.
“Embora as ações da TSLA estejam estáveis ou ligeiramente mais altas nos últimos dois anos, as expectativas desmoronaram para cada métrica de desempenho”, acrescentou o JPMorgan, referindo-se a quedas nos volumes de unidades, receita, margem bruta e fluxo de caixa livre.
Além disso, os analistas ressaltaram que o lucro da Tesla antes de juros e impostos (Ebitda) para 2024 deve totalizar US$ 7,3 bilhões, representando uma queda significativa de 74% em comparação com os US$ 28 bilhões previstos há dois anos para o mesmo período.
Isso evidenciaria a grande disparidade entre os fundamentos da empresa e o preço de suas ações. Diante dessa crescente desconexão, o JPMorgan manifestou ceticismo sobre a possibilidade de que um eventual declínio nas entregas da Tesla ao longo do ano seja um momento de “ah-ha” para os investidores.
Em vez disso, eles acreditam que isso pode exercer uma pressão adicional sobre as ações.