XP projeta alta do PIB em 3,1% e eleva estimativa para inflação

Em seu relatório "Macro Mensal", a equipe de economistas da XP manteve alguma rigidez, com a elevação da taxa Selic pelo Copom de até 12%

O cenário nacional, com as viés expansionista fiscal e parafiscal do governo, pode sinalizar que as regras fiscais não serão suficientes para estabilizar a relação dívida pública/PIB (Produto Interno Bruto), designada à equipe macroeconômica da XP. Além disso, foi ressaltado que a atividade econômica mais aquecida continua se apresentando como um risco para a inflação futura.

Em seu relatório “Macro Mensal”, a equipe de economistas da XP manteve alguma rigidez, com a elevação da taxa Selic (taxa básica de juros) pelo Copom (Comitê Política de Monetária) de até 12%.

Já em relação ao PIB, os especialistas mantiveram uma projeção de alta de 3,1% em 2024, com riscos altistas no curto prazo. Para 2025, a expectativa é de crescimento econômico sem grande desaceleração, com o PIB projetado em 1,8%.

A XP também espera que o intervalo na inflação de curto prazo seja temporário, considerando os fundamentos solicitados, conforme apontado pelo “InfoMoney”.

XP vê cenário desafiador no Brasil, mesmo com elevação de rating

Mesmo com a nova classificação de risco para o Brasil pela Moody’s de ‘Ba2’ para ‘Ba1’, o cenário segue desafiador e seria necessário uma mudança estrutural nas contas públicas, de acordo com análise da XP Investimentos.

Rodolfo Margato, Tiago Sbardelotto, Camilla Dolle e Mayra Rodrigues, analistas da XP, destacaram em relatório que a estabilização da dívida pública requer esforços adicionais para melhorar o resultado fiscal primário.

A decisão da Moody’s mencionou o tema. A agência afirmou que a credibilidade do arcabouço fiscal brasileiro ainda é moderada, segundo o “InfoMoney”.

Apesar disso, para a agência, a conformidade com o arcabouço fiscal já seria suficiente para estabilização da dívida pública em torno de 82% do PIB.

No entanto, a XP avaliou que seria necessário um superávit primário de pelo menos 1,2% no PIB para que o nível projetado para 2025 se estabilizasse. O que torna ainda o cenário desafiador, para os analistas.