Campo Tupi

Petrobras (PETR4) tenta reviver campo que fez Brasil gigante do petróleo

A Petrobras planeja concluir o acordo com a ANP e seguir com uma operação no Campo Tupi, segundo Sylvia dos Anjos, dirigente da empresa

Petróleo
Foto: Agência Petrobras

Petrobras (PETR4) avalia proximidade de um acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) que lhe permitirá avançar com os planos de revitalização de um enorme campo de águas profundas que poderia revigorar a produção de petróleo do país.

A estatal espera resolver uma longa disputa tributária com o órgão que regulador do setor de petróleo e gás até o fim de 2024, segundo Sylvia dos Anjos, a diretora executiva de exploração e produção da empresa.

A Petrobras, a partir do acordo com a ANP, poderá prossiguir com um plano de perfuração em novos poços e realizar novas pesquisas sísmicas no campo de Tupi, na bacia de Santos, disse ela, que definiu o campo como a “vaca leiteira” da companhia.

Além disso, está sendo considerado também adicionar outro navio-plataforma do tipo FPSO ao campo, indicou o gerente executivo para águas ultra-profundas da empresa, Cesar Cunha de Souza, de acordo com a “Bloomberg”.

O custo dessas plataformas podem chegar até US$ 4 bilhões e levam anos para serem construídas, de acordo com o veículo. “Esperamos resolver esse passivo ainda este ano”, disse Anjos.

O campo de Tupi ajudou o País a se tornar um dos dez maiores produtores de petróleo do mundo na década de 2010 e gerou centenas de bilhões de dólares em tributos.

A partir de suas operações, outras grandes petrolíferas foram incentivadas a gastar bilhões explorando a chamada região do pré-sal em uma campanha que continua até hoje. 

O campo Tupi sozinho ultrapassou a produção de petróleo de países como Colômbia, Venezuela, Reino Unido e Argentina, em 2023.

A Petrobras quer deter o declínio natural em Tupi. Mas os desafios não estão só no Brasil, visto que outros países produtores de petróleo em todo o mundo enfrentam problemas semelhantes que podem causar traumas econômicos.

“Vamos fazer um processo para tirar muito mais de Tupi”, disse Anjos. “É um campo gigante”, comentou ela, segundo o jornal.

No próximo plano estratégico da Petrobras a data de início da operação da nova unidade de produção em Tupi deve ser ajustada, de acordo com Souza.

Para melhorar as taxas de extração de um campo que já passou por mais de uma década de produção, a estatal planeja uma campanha de instalação de poços complementares, acrescentou.]

Petrobras (PETR3): estratégia evita repasse de volatidades do petróleo, diz CEO 

A presidente da Petrobras (PETR3; PETR4)Magda Chambriard, afirmou nesta quinta-feira que, por meio de sua estratégia comercial, a empresa tem conseguido manter a estabilidade dos preços dos combustíveis para os brasileiros, mesmo em meio à volatilidade externa provocada pelo conflito no Oriente Médio.

Em entrevista à Reuters, a executiva explicou que a estabilidade nos preços é resultado de uma estratégia da Petrobras que agora considera “as melhores condições de produção e logística” ao definir os preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras.

Segundo a executiva, essa política comercial possibilita à Petrobras atenuar a volatilidade nos preços, especialmente em cenários de alta do barril de petróleo, como o observado recentemente. O conflito no Oriente Médio fez os preços do petróleo dispararem após um período de declínio.

“Isso nos permite praticar preços competitivos frente a outras alternativas de suprimento e mitigar a volatilidade do mercado internacional”, afirmou ela.

Os preços do petróleo Brent, uma das variáveis monitoradas pela Petrobras para determinar o valor das vendas de diesel e gasolina, subiram 5% nesta quinta-feira, fechando a 77,62 dólares por barril. Esse aumento reflete as preocupações de que o agravamento do conflito no Oriente Médio possa afetar o fluxo global de petróleo.