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Brava Energia (BRAV3): Dois gatilhos podem fazer ação disparar, vê BofA

Para os analistas, as ações da Brava Energia estão subvalorizadas e atrativas o suficiente para chamar a atenção.

Brava Energia
Petróleo / Foto: Freepik

A Brava Energia (BRAV3) não conseguiu embalar na bolsa desde sua estreia em 9 de setembro, acumulando uma queda de 21%. No último mês, o valor de mercado da empresa encolheu R$ 4 bilhões, refletindo o pessimismo dos investidores.

A retração no preço do petróleo e a interrupção nas operações do campo Papa Terra afetaram negativamente o sentimento do mercado. Mesmo com esse cenário adverso, alguns analistas veem oportunidades na companhia, resultado da fusão entre 3R Petroleum e Enauta.

Entre eles está o Bank of America (BofA), que ajustou seu preço-alvo para R$ 28, representando um potencial de valorização de 60%, recomendando compra. Para os analistas, as ações da Brava estão subvalorizadas e atrativas o suficiente para chamar a atenção.

No relatório, o Bank of America ressalta dois fatores que podem impulsionar as ações da Brava Energia: a implementação do Sistema de Desenvolvimento Completo no campo de Atlanta, prevista para meados de novembro, que, segundo os analistas, pode ter um impacto transformador devido à sua robusta capacidade de geração de caixa; e a retomada das operações no campo Papa-Terra, que está agendada para dezembro.

“Nossa visão positiva para a empresa é baseada em uma avaliação atraente – sob o preço atual das ações, mesmo assumindo um desenvolvimento de reserva mais conservador, bem como maiores opex (gastos operacionais) e capex (investimentos) para os ativos da 3R”.

O Bank of America projeta robustos rendimentos de Fluxo de Caixa para o Patrimônio (FCFE) de 29% para os anos de 2025 e 2026, com múltiplos de EV/Ebitda estimados em 2,7x e 2,5x, respectivamente, considerando preços do petróleo de US$ 75/bbl e US$ 70/bbl.

Brava Energia (BRAV3): ações derretem após revisão do Citi 

Na sessão desta quarta-feira (02), as ações ON da petrolífera Brava Energia (BRAV3), companhia resultante da fusão entre a Enauta e 3R Petroleum, operam em forte queda, na contramão da forte valorização das concorrentes e dos preços internacionais do petróleo.

Por volta de 16h, o papel da Brava Energia enfrentava um recuo de 3,56%, negociado a R$ 17,41. Por outro lado, a Petroreconcavo (RECV3) subia 1,58%, e a Prio (PRIO3) avançava 0,16%. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também têm altas de 0,87% e 1,16%.

O relatório de avaliação do Citi mostrou uma redução no preço-alvo para as ações da companhia, de R$ 50 para R$ 40, porém a recomendação de compra seguiu igual. 

O modelo de avaliação do banco foi atualizado, segundo o Citi, para refletir a nova estrutura da companhia, incorporando os ativos da Enauta, e a maior participação na 3R Offshore.

A equipe afirmou que continua com a visão de que a empresa combinada está melhor posicionada na área de óleo e gás do que as empresas separadas. 

Isto ocorre, sobretudo, devido ao endividamento adequado para suportar a história de crescimento, um maior ganho em escala operacional e potenciais sinergias, especialmente em questões fiscais e na realocação de dívida, de acordo com o “Valor”.

Para o Citi, o quarto trimestre será um dos períodos mais importantes para a Brava Energia, por conta do início da produção do navio-plataforma (FPSO) Atlanta. Bem como o início da campanha de perfuração no poço Papa Terra, e início da operação dos geradores de vapor no Cluster Potiguar.