Vestindo uma camisa branca e em meio às polêmicas do pleito de 2022, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, votou às 13h deste domingo (6), em uma escola localizada na zona sul de São Paulo. Ele foi acompanhado por sua filha até a cabine de votação.
Conforme as normas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a regra geral nas eleições é que os eleitores votem sozinhos.
Entretanto, eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida podem ser acompanhados por uma pessoa de confiança, desde que essa pessoa se identifique e não esteja a serviço da Justiça Eleitoral, partidos, federações ou coligações.
Em 2022, durante a disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), Campos Neto gerou controvérsia ao votar vestindo uma camisa amarela da seleção brasileira, uma vestimenta que passou a ser associada aos apoiadores do ex-presidente.
Após a vitória de Lula e com a manutenção da independência do Banco Central, que garantiu a permanência de Campos Neto no cargo mesmo com a mudança de governo, a relação entre ele e o petista se tornou tensa nos primeiros dois anos de mandato. O presidente frequentemente criticou Campos Neto, atribuindo a ele a responsabilidade pelo aumento da Selic (taxa básica de juros) e pelo consequente aperto na política econômica.
Neste domingo, ao deixar o local de votação, o presidente do Banco Central, que se despedirá do cargo este ano, preferiu não falar com a imprensa. “Hoje não, votação é coisa privada”, disse ao deixar o local.
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A instituição já havia se recusado a revelar os locais e horários de votação tanto de Campos Neto quanto do seu sucessor indicado, Gabriel Galípolo, que atualmente é diretor de Política Monetária.
A assessoria de imprensa do Banco Central esclareceu que essas informações são consideradas pessoais e não fazem parte das atribuições legais da instituição.
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“Se eu digo que crescimento está acima do potencial, crédito forte e mão de obra apertada, é um trabalho do Banco Central sempre tentar se antecipar um pouco”, disse Campos Neto, em evento promovido pela Crescera Capital, nesta terça-feira (01).
Na última ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o BC mostrou que espera um hiato do produto, uma medida de ociosidade da economia, no campo positivo.
Campos Neto ainda comentou que o mercado também passa uma mensagem de que a inflação será mais alta no futuro.
