Altas na Bolsa

Petrobras (PETR4) e 'juniores' disparam junto com preço do petróleo

Os preços internacionais do petróleo escalaram com os conflitos no Oriente Médio; a Petrobras e demais empresas do setor acompanham alta

Petrobras (PETR4)
Petrobras (PETR4) / Foto: Agência Petrobras

Na sessão desta segunda-feira (07), as ações das empresas petrolíferas operam com alta significativa no Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, acompanhando a disparada no preço do petróleo no mercado internacional. A alta da Petrobras (PETR4;PETR3) ajuda a impulsionar a Bolsa.

Os conflitos armados no Oriente Médio levaram os preços de referência do barril de petróleo a uma escalada, com o Brent – referência global – avançando acima de 3%, a US$ 80,50.

Por volta da 14h (horário de Brasília), os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) registravam alta de 0,71%, negociados a R$ 38,11, enquanto os ordinários (PETR3) avançavam 1,04%, a R$ 41,79.

A ação da Prio (PRIO3) tinha alta de 0,89%, a R$ 45,21, e a da Petroreconcavo (RECV3) subia 0,05%, a R$ 18,38.

O papel da Brava (BRAV3), empresa resultante da fusão entre a 3R e a Enauta, ganhava 2,06%, negociado a R$ 18,36.

Petrobras (PETR4) tenta reviver campo que fez Brasil gigante do petróleo

A Petrobras (PETR4) avalia proximidade de um acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) que lhe permitirá avançar com os planos de revitalização de um enorme campo de águas profundas que poderia revigorar a produção de petróleo do país.

A estatal espera resolver uma longa disputa tributária com o órgão que regulador do setor de petróleo e gás até o fim de 2024, segundo Sylvia dos Anjos, a diretora executiva de exploração e produção da empresa.

A Petrobras, a partir do acordo com a ANP, poderá prossiguir com um plano de perfuração em novos poços e realizar novas pesquisas sísmicas no campo de Tupi, na bacia de Santos, disse ela, que definiu o campo como a “vaca leiteira” da companhia.

Além disso, está sendo considerado também adicionar outro navio-plataforma do tipo FPSO ao campo, indicou o gerente executivo para águas ultra-profundas da empresa, Cesar Cunha de Souza, de acordo com a “Bloomberg”.

O custo dessas plataformas podem chegar até US$ 4 bilhões e levam anos para serem construídas, de acordo com o veículo. “Esperamos resolver esse passivo ainda este ano”, disse Anjos.

O campo de Tupi ajudou o País a se tornar um dos dez maiores produtores de petróleo do mundo na década de 2010 e gerou centenas de bilhões de dólares em tributos.

A partir de suas operações, outras grandes petrolíferas foram incentivadas a gastar bilhões explorando a chamada região do pré-sal em uma campanha que continua até hoje. 

O campo Tupi sozinho ultrapassou a produção de petróleo de países como Colômbia, Venezuela, Reino Unido e Argentina, em 2023.

A Petrobras quer deter o declínio natural em Tupi. Mas os desafios não estão só no Brasil, visto que outros países produtores de petróleo em todo o mundo enfrentam problemas semelhantes que podem causar traumas econômicos.

“Vamos fazer um processo para tirar muito mais de Tupi”, disse Anjos. “É um campo gigante”, comentou ela, segundo o jornal.