O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu neste momento com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e com Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do BC (Banco Central), no Palácio do Alvorada, conforme apuração do “Valor”.
As agendas oficiais dos políticos não previam o encontro. Galípolo foi indicado por Lula para substituir Roberto Campos Neto como presidente do BC a partir de 2025.
O atual diretor de política monetária da autarquia será sabatinado nesta terça-feira (8) pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado do Federal. Além disso, está previsto para o mesmo dia a votação da indicação no plenário da Casa.
Galípolo teria indicado apoio à autonomia financeira do BC
Gabriel Galípolo, o indicado do presidente Lula (PT) à presidência do BC (Banco Central) teria sinalizado apoio à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da autonomia financeira da autoridade monetária, durante uma reunião com o senador Plínio Velário (PSDB-AM), relator da proposta, segundo apuração da “CNN Brasil”.
Por conta da sabatina a qual Galípolo será submetido no Senado, parte do processo para se tornar presidente do BC, o político procurou Valério — assim como teria feito com outros parlamentares.
Ao longo da conversa o executivo do BC e o senador trataram sobre a PEC. “O Galípolo esteve comigo e disse que é favorável à PEC”, disse o senador, segundo o veículo.
Galípolo teria defendido a autonomia do BC e alogiado tópicos do relatório de Velário, segundo o próprio parlamentar. O relator vê o possível apoio de Galípolo à proposta com potencial para ajudar a tramitação do tema.
Alguns senadores tem a percepção de que o fato de a PEC ser de autoria de Vanderlan Cardoso, que além de ser presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) é quem deve sabatinar Galípolo antes do Plenário da Casa, pode contar para viabilizar seu apoio à proposta, de acordo com a “CNN”.
A votação da PEC foi adiada diversas vezes pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e agora está prevista para depois do segundo turno das eleições municipais.
O governo federal é contrário ao texto atual da proposta. Para o relator falta diálogo sobre os termos do texto por parte do Executivo.